As 20 maiores economias do mundo precisam aumentar em cerca de 650 mil milhões de dólares ao cofre do Fundo Monetário Internacional, para realocar as reservas existentes e ampliar o alívio do pagamento da dívida às nações mais pobres, de acordo com ex-autoridades e activistas.
“Se não dermos esses passos com urgência, as economias em desenvolvimento e emergentes enfrentarão uma década perdida desastrosa com profundas consequências para todos nós em todas as nações do G20”, disse Jamie Drummond, co-fundador da ONE Campaign e um dos autores da carta. “As acções podem começar na reunião de amanhã.”
A carta assinada por nomes como o ex-ministro das Finanças da África do Sul, Trevor Manuel; e a ex-CEO da ABSA, Maria Ramos, foi endereçada ao Primeiro-Ministro da Itália, Mario Draghi, cujo país detém a presidência do G20.
Os autores sugerem uma prorrogação do alívio do pagamento da dívida para os países pobres até 2022 e ampliá-lo para incluir mais devedores e credores.
O G20 deve estender a sua Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida para os países mais pobres até o final do ano.
Os chefes das Finanças do G20 que vão se reunir nesta sexta-feira, financiam totalmente o programa “ACT Accelerator” da Organização Mundial da Saúde para apoiar vacinas, tratamentos e diagnósticos contra a Covid-19 para países mais pobres.
Americanos também defendem alocação extra
Ainda nesta semana a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, , também defendeu uma nova alocação da moeda própria do Fundo Monetário Internacional (FMI), os chamados Direitos Especiais de Saque (SDRs, na sigla em inglês), mas afirmou que parâmetros amplos são necessários para aumentar a transparência sobre como as reservas são usadas.
Em carta a autoridades financeiras do G20, Janet Yellen disse que uma nova alocação de SDRs pode aumentar a liquidez para países pobres e ajudar em seus esforços sa-nitários e de recuperação económica, revertendo a oposição do Governo anterior dos Estados Unidos.
Na mesma carta a secretária do Tesouro americano também encorajou firmemente ao FMI a usar o excedente de SDRs para sustentar esforços de recuperação em países pobres, junto com financiamento bilateral contínuo.
Fonte:JA