A situação política na República Democrática do Congo (RDC) é calma, havendo, inclusive, condições para um futuro melhor, afirmou, ontem, em Luanda, a ministra dos Negócios Estrangeiros daquele país.
Marie Tumba Nzeza fez esta afirmação à imprensa, no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, a quem fez chegar uma mensagem do homólogo da RDC, Félix Tshisekedi.
A chefe da diplomacia congolesa admitiu que, no passado, a RDC passou por maus momentos, provocados pelo anterior regime, que, além de não dar fruto algum, só emperrou o desenvolvimento do país. “Mas o Presidente Félix Tshisekedi, com muita paciência, está a conseguir desmontar este sistema de predação que foi montado”, garantiu.
Marie Tumba Nzeza disse acreditar que, com paciência e muita calma, Tshisekedi vai conseguir estabelecer a democracia na RDC e garantir um melhor funcionamento das instituições.
A crise política na RDC começou a ganhar outros contornos depois do anúncio, por Tshisekedi, do fim da coligação governamental, que integrava o partido de Joseph Kabila, a Frente Comum do Congo.
Em Janeiro deste ano, os deputados demitiram o Primeiro-Ministro Sylvestre Ilunga Ilunkamba, aliado de Kabila, durante uma sessão plenária do Parlamento, em Kinshasa.
A demissão, segundo a Agência France Press, surgiu depois da maioria dos legisladores terem aprovado um voto de censura ao Primeiro-Ministro, acusando-o de incapacidade na gestão do país. A moção de censura a Ilunga Ilunkamba e ao seu Governo foi aprovada por 367 votos contra sete.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da RDC ressaltou que a audiência, de ontem, serviu, também, para passar em revista questões de interesse bilateral, além de analisar os diferentes pontos de vista do candidato congolês a secretário executivo da SADC.
As eleições para o novo secretário executivo da organização regional está previstas para Agosto, durante a 41ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, no Malawi.
Fonte:JA