Cento e 67 casos de lepra foram identificados em cinco municípios da província da Huíla, situação que preocupa às autoridades sanitárias da região, face ao aumento da doença, erradicada em Angola em 2005.
A informação foi avançada ontem, ao Jornal de Angola pelo porta-voz do Departamento Provincial da Saúde Pública e Controlo de Endemias. Jerimias Cayeye disse que, no ano passado, foram notificados 20 novos casos de lepra, mais quatro em relação ao ano anterior. O responsável admitiu que a lepra volta a ser uma preocupação nos três últimos anos, e disse que há uma tendência crescente, o que demonstra um sinal de alerta para as autoridades sanitárias da província.
Por exemplo, lembrou que, em 2018, foram notificados 12 casos e foi subindo, gradualmente, a cada ano, tendo, em 2020, atingido 20 ocorrências. Com a notificação de novos casos, a província da Huíla passou a contar com 167 doentes de lepra, em cinco municípios considerados zonas peri-endémicas.Entre os municípios peri-endémicos, estão a Humpata com 64 casos, Lubango (11), Caluquembe e Chipindo com 10 cada e Kuvango (9). Jerimias Cayeye garantiu que todos os doentes estão em seguimento clínico e controlados em tratamento domiciliar, uma vez que a província não dispõe de centro de leprosaria, desde a altura em que foi declarado a erradicação da doença.
“A lepra é uma doença grave como outra qualquer. Logo, as pessoas devem recorrer às unidades sanitárias para beneficiar de tratamento”, disse. Entretanto, o Dia Mundial da Lepra, que se comemora no último domingo do mês de Janeiro de cada ano, na província da Huíla será assinalado sob o lema “Vencer a lepra”.
Fonte:JA