Guerreiros voltam a perder e comprometem objectivo

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Com três jogos e igual número de derrotas, a Selecção Nacional sénior masculina de andebol não conseguiu evitar a “lanterna vermelha” , ao perder, ontem, diante da similar do Japão, por 29-30, em jogo referente à terceira e última jornada do Grupo C da 27ª edição do Campeonato do Mundo, que decorre no Egipto.

O técnico José Pereira “Kidó” fez alterações  no “sete”, com as entradas do guarda-redes Custódio Gouveia e do lateral esquerdo Elias António, a Selecção Nacional entrou com personalidade e determinada a vencer, para manter o desejo de apuramento para a fase seguinte da prova, bem como fugir da “lanterna vermelha”. 
O combinado angolano iniciou o desafio a vencer, com golos de Elias António e Edvaldo Ferreira, aos 59 se-gundos e um minuto, respectivamente. A defesa (6-0), montada por Kidó, dificultava as penetrações e os remates de meia distância da formação nipónica, que se apresentou ao seu melhor nível, pois estava em jogo o passe para a fase seguinte. Com Geovani Muachissengue no banco, Custódio Gouveia transmitia confiança ao grupo. 
Apesar do excelente es-pectáculo proporcionado aos presentes, os comandados de Kidó voltaram a revelar falta de pontaria. O pivô Gabriel Teka falhou dois ataques que poderiam mudar o curso do jogo, permitindo a defesa do guarda-redes Yuta Iwshita. Inconformado com os ataques falhados, Kídó procedeu a várias alterações na Selecção angolana, mas os jogadores continuaram a não acertar na finalização, bem como nas variantes tácticas (6-0 e 5-1). Diante dessas facilidades, o Japão foi ganhando confiança e, aos poucos, fugindo no marcador, saindo ao intervalo a vencer (16-12). 

No regresso dos balneários, a Selecção Nacional voltou a cometer os mesmos erros da primeira parte, com os jogadores desconcentrados. Durante três minutos, a formação angolana ficou sem marcar qualquer golo. Os remates tentados dos sete e nove metros não surtiam efeito, visto que o técnico To-doroki Manabu montou um bloco que dificultava as acções ofensivas da equipa nacional. Vendo as coisas mal pa-radas, José Pereira “Kidó” foi obrigado a trocar Custódio Gouveia por Geovani Muachissengue. Com a entrada do guardião do 1º de Agosto, o “sete” nacional procurou equilibrar o desafio e reduzir a desvantagem. Decorridos 13 minutos, o Japão vencia por quatro golos (22-19). 

Durante esta etapa da partida, Angola imprimia pouca velocidade. Com nervos à flor da pele, as jogadas não resultavam em golos. Ainda assim, o corpo técnico não cruzou os braços e transmitia confiança aos jogadores com orientações. A oito minutos do fim, Angola equilibrou o jogo e perdia apenas por um golo (27-26). Depois  de um ataque falhado do Japão, a Selecção Nacional repôs a igualdade no marcador (27-27), por intermédio de Edvaldo Ferreira. 

Assistiu-se a uma ponta final infernal, depois de a equipa nacional estar em vantagem no placar (28-27), a selecção dos samurais  voltou a passar para a frente do marcador. Daí para a frente, as coisas complicarem-se para Angola e o Japão foi gerindo a vantagem. Angola termina a fase regular na última posição do agrupamento, sem qualquer ponto. 

  Kidó lamentou desaire com nipónicos 

José Pereira “Kidó”, seleccionador nacional, estava desolado no final do jogo, após a derrota diante da se-lecção japonesa, em consequência da atitude demonstrada pelos jogadores durante a contenda. 

Em conferência de imprensa, o treinador  disse que o conjunto angolano entrou melhor no desafio, mas não conseguiu vencer a formação adversária.” Entrámos bem na partida e poderíamos ter feito melhor. O Japão estava ao nosso al-cance. Voltamos a claudicar no ataque. Quando assim é, dificilmente se ganham os jogos. A equipa não merecia perder esta partida, porque equilibrou na ponta final. Desperdiçamos um livre dos sete metros, que poderia mudar o curso do jogo”, lamentou, sublinhando que “vamos continuar a trabalhar, com o intuito de conseguir uma classificação honrosa. Aproveito para felicitar os jogadores pela entrega e  a postura demonstrada. Penso que a paragem prolongada, por força da Covid-19, também terá influenciado na prestação”. 

Questionado sobre o ba-lanço da fase preliminar, José Pereira “Kidó” reconheceu que ” não é positivo, visto que não conseguimos transitar para a segunda fase. Se vencêssemos a partida inaugural, com o Qatar, não estaríamos nesta situação. Temos de le-vantar a cabeça e pensar nos jogos das classificativas. Iremos fazer tudo, para não voltar a defraudar as expectativas dos angolanos”. 

Fonte:JA

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