França edifica institutos médios agrários no país

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A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) apoia, a partir de 2022, institutos médios agrários angolanos em equipamentos técnicos, laboratórios para análise de solos e adequação de instalações para dar qualidade à formação de quadros agrónomos, no âmbito dos acordos de cooperação entre Angola e o país europeu.

A consultora da AFD Celinda Rodrigues, que anunciou as empreitadas ontem, na cidade do Uíge, disse que, nesta primeira fase, a Agência está a efectuar o levantamento do estado actual do funcionamento dos institutos médios agrários do país para aferir entre outros aspectos, a qualidade dos docentes e meios de ensino, estado de conservação das infra-estruturas, existência ou não dos serviços de apoio como internatos, campos de produção, máquinas e outras componentes que fazem parte do sistema educativo agrário.

Celinda Rodrigues explicou que o projecto visa implementar, em Angola, políticas de  ensino técnico profissional, podendo arrancar em 2022. Numa primeira fase serão seleccionados três institutos que vão servir de experiência piloto, com critérios de selecção definidos pelos estudos de viabilidade em curso.  Segundo a responsável, a formação de quadros agrónomos deve incidir sobre a teoria e a prática, sendo necessário que os técnicos a serem formados nestes institutos sejam capazes de aplicar as técnicas e ferramentas disponíveis para o desenvolvimento de uma actividade agrícola mecanizada. “Para que haja um desenvolvimento da agricultura é necessário que se aposte na formação qualificada de quadros e levá-la à prática, e é isso que a França quer fazer”, frisou.

Os trabalhos de avaliação e análise do funcionamento dos institutos médios agrários começaram em Dezembro do ano findo, um período ao longo do qual foram diagnosticados, além desse tipo de instituições de ensino, pequenos e grandes produtores agrários das províncias do Cuando Cubango, Bié, Huambo, Namibe, Huíla, Benguela, Uíge e Cuanza-Sul, estando projectadas acções do género no Cuanza-Norte e Malanje.

Na província do Uíge, a missão francesa manteve, durante dois dias, encontros com os gabinetes da Educação, Agricultura, a direcção do Instituto Técnico Médio Agrário do Negage, bem como pequenos e grandes produtores agrícolas, com o objectivo de  registar as principais dificuldades e estabelecer perspectivas para o melhoramento da qualidade de formação de quadros no sector agrícola.

O director do Gabinete Provincial da Agricultura do Uíge, Eduardo Gomes, disse que o projecto representa uma valência, porque a província detém terras aráveis que podem servir para o desenvolvimento de qualquer projecto agrícola. “Apresentamos as fortalezas para o desenvolvimento dos institutos médios agrários, os rios que a província tem, o nível das quedas pluviométricas, bem como a existência de solos aráveis. Por isso, esperamos a concretização do projecto com todo agrado”, disse.

O responsável realçou que, nos últimos anos, a agricultura na província está a marcar passos importantes, sobretudo na produção da banana, mandioca e outros produtos. No Entanto, disse, o Uíge precisa de um impulso quanto à mecanização e à tecnologia para melhorar os níveis de produtividade.De recordar que o acordo de cooperação agrícola entre os dois países envolve a formação técnica e profissional de quadros nos institutos médios agrários com apoio da Agência Francesa de Desenvolvimento, um projecto que está ser acompanhado pelo Ministério da Agricultura e Pescas.

Fonte:JA

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