A Delegação Provincial do Interior na Lunda-Norte ordenou, ontem, a instauração de um inquérito para apurar a veracidade das denúncias públicas contra o director do estabelecimento prisional de Cacanda, José Lucala, que estaria a promover actos de prostituição e “farras” na instituição, na companhia de seis reclusos e sete mulheres.
A informação foi avançada pelo porta-voz da delegação do Interior na Lunda-Norte, inspector-chefe de migração Rodrigues Zeca, sublinhando que nas denúncias, feitas nas redes sociais, os denominados “reclusos especiais” são acusados de estarem envolvidos em crimes de corrupção, peculato, associação criminosa, falsificação de documentos e tráfico de influências. A denúncia, prosseguiu, refere que o director terá sido surpreendido na sua residência, sita no estabelecimento, por um agente penitenciário, a consumir bebidas alcoólicas em companhia dos seis reclusos, “detentores de regalias e privilégios”, e sete mulheres, “com quem tem estado a almoçar todos os dias”.
O porta-voz do Interior na Lunda-Norte informou ainda que o inquérito terá a duração de 15 dias e se a denúncia for provada, o caso será encaminhado aos órgãos competentes da Justiça para os passos subsequentes.”Neste momento, o mínimo que a delegação provincial do Ministério do Interior pode fazer à volta deste caso polémico é acompanhar. Os órgãos já foram accionados e no prazo de 15 dias traremos informações mais apuradas sobre este caso”, referiu Rodrigues Zeca.
O estabelecimento prisional de Cacanda , localizado no bairro Samunhinha, arredores de Chitato, a cinco quilómetros da cidade do Dundo , tem capacidade para 480 reclusos, mas actualmente tem o registo de mais de 500 presos, entre nacionais e estrangeiros.
Fonte:JA