Com duração de 10 meses, as obras incluem a construção de um museu, que vai funcionar como arquivo histórico e de apoio à investigação académica.
O memorial vai contar com o apoio dos ministérios da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e da Administração do Território.
“O que pretendemos é continuar a homenagear os combatentes da liberdade, os combatentes da Pátria, unidade e reconciliação nacional. Queremos colocar mais uma pedra no nosso processo de reconciliação nacional e de resgate da história do povo”, afirmou o governador da província, Pereira Alfredo.
Além da sua transformação em memorial, segundo o governador, o Cemitério Monumento vai ser um local que representa o povo e as lutas travadas no Cuito.
“Vamos construir uma estrutura, uma placa, onde estarão gravados os nomes das mais de mil almas que ali jazem e que fazem a história do local”, acrescentou o governante.
Durante a apresentação técnica da obra de requalificação, o vice-governador para o Sector Técnico e Infra-estruturas, Fernando Tchatuvela, afirmou que o objectivo é transformar o Cemitério Monumento do Cuito num Museu de História.
“O novo edifício terá uma área administrativa, com acervo histórico, serviços de apoio, guarita, sanitários e casa dos técnicos. A intenção é torná-la num monumento histórico para consulta e estudos, além de servir de lugar de retiro das pessoas que têm lá os seus ente-queridos sepultados”, afirmou.
João Marques Bango, ex-coordenador da Comissão de Exumação e Inumação, afirmou que a requalificação do Cemitério Monumento vai dar outra dignidade ao local.
“O cemitério foi construído para honrar os mártires do Cuito. São mais de 7.300 corpos que ali jazem e foi bom o Governo fazer a sua requalificação. Este é o único no país, e está entre os poucos em África”, sublinhou.
Localizado na comuna do Cunje, o Cemitério Monumento do Cuito foi construído para sepultar as vítimas mortais da guerra do Cuito, que eclodiu depois das eleições de 1992.
Fonte:JA