Celebrada a obra dos que já partiram

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A produção chamou pessoas próximas aos artistas que partiram este ano para partilhar as suas memórias. Foram convidados o jornalista Honorato Silva, amigo de Teta Lágrimas, Ilídio Brás, responsável da Brasom, com fortes ligações a Carlos Burity e Waldemar Bastos, Beto Vilhena, primo de Waldemar Bastos e Carlos Eugénio Cruz, gastrónomo e conselheiro do Show do Mês.

Foram feitas revelações na primeira pessoa. Honorato Silva descreveu Man Beto (Teta Lágrimas) como um compositor de mão cheia que passeava do romantismo à intervenção social, sempre atento aos ritmos tradicionais da sua região natal. Aconselhou a audiência a ouvir “Beijo do Sapo” para conhecer melhor o outro lado do homem que “quis ser político”. Ilídio Brás recordou não apenas os momentos de ensaios de Carlos Burity e Waldemar Bastos, mas também a memória da infância, quando partilhavam as férias, e a qualidade e o grau de exigência artística dos mesmos.

Beto Vilhena, muito chegado a Waldemar Bastos, não escondeu que sempre esteve ao lado do músico e recordou a grande espiritualidade do autor de “Velha Xica”. Eugénio Cruz, emocionado, revelou que mesmo no estrangeiro nas tardes de sábado reunia  contemporâneos seus e matava a saudade da terra acompanhando o Show do Mês, sempre com um grande sentimento de angolanidade. O mais-velho, emocionado, não conteve as lágrimas.

Estiveram em palco, na banda, os experientes Joãozinho Morgado e Teddy Nsingui, que foram homenageados pela organização com o título “Doutor da Música Angolana”. Botto Trindade também mereceu esse reconhecimento. A composição da banda dirigida por Benny mostrou um entrosamento entre a experiência e a juventude, com Mayo Bass, Yark Spin, Mário Gomes, Alexandre, Jack, Raquel Lisboa, Neide da Luz, Eufraim, Chinguma, Luís, Rigoberto e os jovens da secção de cordas.

Fonte:JA

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