País está aberto a parcerias com empresas norte-americanas

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O Presidente da República assegurou, nesta sexta-feira, em Luanda, que o país está aberto à concretização de parcerias com empresas norte-americanas, naquela que também poderá ser uma forma de desenvolver o sector privado angolano.

Durante um encontro de negócios com o Conselho Consultivo do Presidente dos Estados Unidos da América, realizado nesta sexta-feira por videoconferência, João Lourenço referiu-se às novas parcerias e reformas que têm vindo a ser implementadas, especificamente a um projecto de energia solar, que está a ser implementado em parceria com a empresa americana Sun Africa.

“Este é um bom exemplo do que é possível às empresas americanas fazerem em Angola, onde não há nenhum constrangimento à realização de negócios bem-sucedidos”, disse. João Lourenço disse acreditar que os dois países estão apenas no “início de um diálogo permanente” entre o Governo Angolano e as empresas americanas e que é possível traçar e construir uma parceria sólida entre as duas partes.

Angola tem vindo a “tomar medidas no sentido de atrair mais negócios e investimentos dos EUA”, especialmente junto de investidores norte-americanos, de onde se esperam “investimentos importantes para ajudar a impulsionar a economia e o desenvolvimento de Angola”.

Durante a intervenção, foi destacada a ajuda que os EUA têm prestado a Angola em diferentes níveis, como primeiro doador individual de equipamentos de remoção de minas ou por via da colaboração com o Centro para o Controle de Doenças (CDC) norte-americano, que tem providenciado assistência técnica no combate ao VIH/Sida, à malária e Covid-19.

Também o Departamento do Tesouro tem proporcionado ajuda especializada na área da inteligência artificial e no combate ao branqueamento de capitais. No seguimento destas acções, o Banco Nacional de Angola, em cooperação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Reserva Federal norte-americana e o Departamento do Tesouro, trabalha no sentido de remover os obstáculos ao investimento americano, com o restabelecimento das relações bancárias de correspondência, retoma da circulação do dólar norte-americano em Angola e a remoção das restrições ao repatriamento de dividendos.

 “As Histórias de Angola e da América encontram-se interligadas desde que chegaram os primeiros escravos africanos à América do Norte, mais concretamente a Jamestown, Virgínia, saídos de Angola”, lembrou o Presidente da República. Para exemplificar algumas das mudanças implementadas com o objectivo de encorajar o investimento privado e a livre iniciativa, João Lourenço recordou o compromisso “com a democracia, a transparência, o combate à corrupção, com a defesa dos direitos humanos” e o programa de privatizações.

“Decidimos, ainda, lançar um plano ambicioso que envolve a alienação de cerca de 200 empresas públicas, entre as quais destaco a Sonangol, a Endiama e a TAAG”, disse. O Presidente da República também promoveu uma “nova visão” da governação em Angola, com a definição de “outras prioridades em matéria de desenvolvimento”, com realce para o sector da agricultura, tecnologia e ensino superior, transportes e infra-estruturas, saúde, indústria farmacêutica, banca e seguros.

João Lourenço aproveitou o encontro para convidar os membros do Conselho Consultivo do Presidente dos EUA a realizar uma visita a Angola, onde poderão “constatar no terreno as potencialidades do país e a sua abertura ao investimento directo norte-americano”. Antes do encontro, o Presidente João Lourenço falou, ao telefone, com o secretário norte-americao do Comério, Wilbur Ross.

Fonte: JA

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