Activistas defendem nova “oportunidade” a Isabel dos Santos para provar capacidade empresarial sem privilégios da cidade alta

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FILE PHOTO: Isabel dos Santos, the daughter of Angolan President Jose Eduardo dos Santos and head of state energy giant Sonangol, speaks during an interview in Luanda, Angola June 9, 2016. REUTERS/Ed Cropley/File Photo

O activista social, Adão Ramos é de opinião que, as autoridades deviam dar mais uma oportunidade a Isabel dos Santos para provar, na prática, as suas capacidades de grande empresária sem os privilégios de quem dizem ter beneficiado enquanto filha do ex-Presidente da república, José Eduardo dos Santos.

O nome da empresária que em dezembro de 2019, viu os bens arrestados pelo Estado mediante providencia cautelar emitida pelo tribunal provincial de Luanda devido ao alegado incumprimento no pagamento de uma dívida de 1, 3 mil milhões de dólares contraída ao Estado, esteve em evidência durante mesa redonda realizada sábado em Luanda pelo Movimento dos Estudantes Angolanos e que reflectiu sobre a situação do desemprego no país.

Adão Ramos, um dos intervenientes no certame, considerou selectivo o combate a corrupção no país e defendeu que, não faz nenhum sentido privar os bens da empresária, que mais deu emprego a Juventude, quando existem outras individualidades comprometidas com a corrupção, mas que permanecem livre da Justiça.

“Esse combate que se está a fazer, não é à corrupção, mas contra algumas pessoas porque, no meu ponto de vista, não faz nenhum sentido que actue contra a filha do ex-presidente da república, quando existe outras pessoas que roubam, delapidaram  o erário, estragaram esse país e anda aí, são generais, deputados chamamo-los  ‘suas excelências’, nós os idolatramos com os termos mais honoríficos” acusou o activista que, advogou o retorno da empresária ao país para, sem privilégios palacianos provar a sua capacidade de “grande” empresária”.

Por sua vez, o activista Fernando Sacuela, sublinhou que Isabel dos Santos é a empresária angolana mais referenciada em todo mundo pelo que, exortou o Governo a adoptar o chamado “pacto de regime” com vista a construção de uma nova nação.

” O caso da engenharia Isabel dos Santos não é jurídico. É um problema político, porque se fosse um caso jurídico, no partido que diz estar a combate não sobraria ninguém. Quem é que está no governo e não conviveu com ex-presidente, José Eduardo dos Santos” questionou o activista que mais adiante a forma como se está a combater a corrupção em Angola.

Segundo o activista, o “pacto de regime” vai permitir a resolução dos grandes males que enfermam o país sem revanchismos.

Recentemente a empresária, Isabel dos Santos, manifestou o desejo de negociar com as autoridades angolanas para um desfecho consensual no caso de arresto de bens e congelamento das suas contas bancárias, do marido Síndica Dokolo e do sócio, Mário Leite.

A Procuradoria-geral da república de Angola, rejeitou qualquer intenção de diálogo com a filha do antigo estadista angolano.

João Jorge

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