Angola precisa de ter uma dinâmica de execução de obras condicente com o crescimento demográfico para minimizar as dificuldades no abastecimento de água potável às populações, disse, esta terça-feira, o secretário de Estado para as Águas, Lucrécio Costa.
O responsável falava à imprensa durante uma visita de constatação do grau de execução da terceira fase do Centro de Distribuição de Águas do Candelabro, localizado no município de Cacuaco.
Referiu que o país tem actualmente 50 sistemas de abastecimento de água em construção em sedes municipais, havendo condições para terminar os que têm financiamento garantido pelo crédito da China.
Desses projectos, apenas 15 porcento está em execução, prevendo-se a sua conclusão até o final do ano em curso, enquanto os restantes estão paralisados por dificuldades financeiras.
De acordo com o governante, há um conjunto de obras paralisadas devido a pandemia do covid-19 e pela desvalorização galopante do Kwanza.
Frisou que a terceira fase do sistema de abastecimento de água de Candelabro cumpre as práticas exigidas a nível internacional para a execução deste tipo de projectos, ligados, entre outros, ao respeito dos aspectos ambientais.
A primeira fase do projecto iniciou em 2007 e a segunda em 2012, cada uma com capacidade de produção e distribuição de água de 60 mil metros cúbicos, equivalente a 120 milhões de litros por dia.
A terceira fase, iniciada em 2017 e com conclusão prevista para Agosto de 2021, irá aumentar a capacidade de produção em mais 90 mil metros cúbicos de água, equivalente a 210 milhões de litros/dia, permitindo beneficiar um milhão e 800 mil habitantes, segundo o governante.
O projecto desta estação está avaliado em 100 milhões de dólares, pretendendo juntar a água dos rios Bengo e Kwanza.
As fases um e dois já produzem e água para os centros de distribuição de Mulenvos, Marçal, Cazenga, Panguila, Centralidade do Sequele e Zango Zero.