POR: N´GOMA PEDRO JOÃO
O partido MODA já está legalizado?
O MODA está no seu processo de legalização. O processo de legalização de partidos políticos em Angola é muito burocrático, difícil e acima de tudo o problema reside nas administrações municipais, o chamado poder local. Nós estamos a trabalhar para a sua legalização nos próximos tempos. Outra informação muito importante, que lhe posso relatar, é, falta de espírito patriótico por parte das pessoas que trabalham na administração local do Estado. Também é de realçar que a política angolana precisa de se democratizar, sobretudo, as instituições políticas do Estado, para uma boa convivência social e política.
O MODA é de que linha política?
O MODA é um partido político com uma linha ideológica diferente e que melhor se adequa para Angola. Somos centristas, a nossa ideologia é democracia de centro. O centro é a melhor ideologia para Angola, no nosso bem entender.
Meu caro, jornalista. Fazer política em Angola sem meios financeiros para tal é uma aventura, mas, é necessária.
O que motivou a criação do MODA?
Os motivos que fizeram com que surgir-se o MODA, são claros. A exclusão que se assiste no seio dos partidos tradicionais ou os tais chamados de históricos, fez-nos pensar numa nova forma de fazer a política em Angola, falta políticas concretas por parte das forças políticas existentes no país, também foi um dos muitos motivos.
Por tanto, caro jornalista, entendemos nós, ser muito sério e urgente criar uma nova dinâmica política nacional para fazer acontecer o país. Salvar o país é nossa missão, para tirar o Angola no top dos países mais corruptos do mundo e na África em particular.
O MPLA é um partido político que tem as suas dinâmicas, são forças políticas de libertação e estão cumpridos os objetivos e de agora em diante somos nós, a juventude que deve conduzir os destinos do país. E com o surgimento desta nova força política MODA, pretende trazer um debate aberto com a nossa sociedade civil e que deve ser forte, o nosso partido, é um partido político comprometido com a verdade e com bem-estar do nosso povo. Estamos a sentir cada vez mais o sofrimento do nosso povo, as pessoas estão a comer no lixo, uma situação que eu considero caótica para um país que produz petróleo, diamantes, exploração de cobalto, pau-ferro e outros recursos naturais, mas, o povo está a sofrer e a morrer.
Como é que pensam impor-se no mercado onde partidos grandes e históricos são asfixiados pelo MPLA?
Os partidos políticos existentes, que estão asfixiados pelo MPLA, é por culpado deles e para se sentirem livre da asfixia do regime, devem deixar de receber propinas que denominamos de “encarregados tipo partido” só para não dizer que é encarregado de educação dos tais partidos asfixiados.
O MODA, não tem e não terá esses problemas, o seu principal encarregado político partido é o povo angolano.
E mais, a nossa vida política como partido independente não pode depender de outras forças políticas, seja ela interna ou externa. Por um lado, e por outro, a nossa formação política é de carácter permanente e de âmbito nacional. É de conhecimento do angolano que em Angola, não existe sistema de partido de âmbito regional ou provincial, nós somos um partido de massa popular.
O MODA tem a sua base militância, de Cabinda ao Cunene e do mar ao Leste. Também, quero aqui enfatizar que o MODA, está a trabalhar arduamente para juntar as várias forças vivas da Nação, no sentido de organizar uma ampla campanha contra intolerância política que se tem registado quase em todo o país, nos períodos eleitorais.
Somos jovens, conhecemos a política dos partidos de libertação merecem o nosso respeito e consideração. Mas, essas forças de libertação estão ultrapassadas por continuarem a usar a política de exclusão social, entre as famílias. Devemos também trabalhar para evitar as falácias e acusações de quem matou mais e quem se sente que é o salvador da pátria, isso é que temos de combater. O MODA não vai entrar nessa jogada.
Qual é o grupo alvo do MODA?
O povo angolano, é como eu disse no princípio, somos um partido de massa popular, não temos público preferido, isto em política não funciona, os partidos de quadros já não podem existir no caso Angola. A nossa população é camponesa e é o nosso principal património. Sendo assim, o povo é o único activo e passivo do MODA, que vamos herdar do regime. Nós, não somos um partido que vai arroboque de outras forças políticas, logo que o Tribunal Constitucional, der o aval legal, nós vamos apresentar a nossa posição sobre como iremos concorrer em 2027, coligados ou isolado.
O MODA condena a forma de poder hegemônico do MPLA, que tem como objetivo principal a manutenção do poder, sêmea ódio e confusão entre nós. Isso também impedem a adopção de uma política de aproveitamento de todos os quadros, bem com o potencial know how dos nacionais, privando deste modo o tão esperado desenvolvimento, e não obstante desvirtuaram o conceito da justiça material em toda sua dimensão. O MODA valoriza e promove a mão de obra nacional, e, quando à muito expatriado como forma de capacitar o angolano mormente na formação técnico-profissional ou científica.
O MODA luta contra a miséria e o sofrimento do nosso povo, o grito de desespero e os massacres das nossas sacrificadas populações, a destruição continua da nossa querida pátria, esperança do nosso povo, em ser dirigido no futuro por um partido verdadeiramente nacional, do tipo MODA que poderá realmente solucionar os seus múltiplos e trágicos problemas, o índice vertiginoso de desemprego que assola cada vez mais e sobre a camada jovem sem, contudo, justificação plausível.
Não se vislumbram actividades político partidárias do MODA o que tem faltado?
Quem está na fase da criação não pode vir como muita boca aberta, alguns não gostam disso. Fica no teu canto faça o trabalho interno, forma os seus quadros e só depois vem ao pública dizer que agora sim, podemos sair ao público. Não se preocupem, na hora e no momento certo, o povo angolano vai sair as ruas para saudar da criação e legalização do MODA.
Nós estamos a trabalhar nas bases com muita intensidade para a nossa legalização. O partido envia de legalização têm a sua meta primária é a de estar legal, para não infringir a constituição a lei dos partidos políticos.
A verdade é que, desde a Independência Nacional até hoje, cerca de 50 anos decorridos, o povo angolano não conhece momentos de paz de espírito efectiva e nem de felicidade.
É neste contexto que se deve colocar o surgimento de um grupo de reflexão de patriotas angolanos, que interpretando legitimamente a vontade do povo, viria constituir-se à 30 de Junho de 2022, em Partido Político de Âmbito Nacional, denominado Movimento Democrático Angolano com a sigla MODA, devendo ser considerado como uma necessidade histórica e uma sequência lógica das demais lamentações do povo angolano.
Assim sendo, o MODA dispõe hoje aqui no que se segue, para a posteridade, as teses do seu Programa de Intervenção Urgente Nacional (PIRN).
Onde buscam o suporte financeiro para suprir os vossos desafios?
O MODA, é uma força política que trabalha dentro das massas populares e o seu financiamento deriva das quotas dos seus membros e de doações de pessoas de boa fé, e de daqueles que querem ver o país a mudar rumo ao desenvolvimento urbano, rural, harmonioso e humano.
As eleições são ganhas antes do pleito, como estão as bases pelo país?
O povo já nos conhece. Recolhemos as assinaturas em todo o país, só não chegamos a ser legalizados em 2023, por impedimentos da administração local do Estado. O processo de aquisição do atestado de residência nas administrações é uma dor de cabeça e burocrático. Um documento que deveria ser emitido em 24 horas só, é emitido passado noventa dias. a lei estabelece 6 meses para o partido em formação requer a sua inscrição junto do TC, com o nível de inoperância da nossa a administração local do estado é impossível receber o sim em tempo record do TC.