Singapura executou 10 pessoas por tráfico de droga

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Singapura confirmou esta sexta-feira (5), duas novas execuções de condenados por tráfico de droga, elevando o total de enforcamentos para dez desde março, um rítmo sem precedentes nos últimos anos e que motivou críticas das Nações Unidas.

Os ativistas contra a pena de morte em Singapura queixam-se de que, na prática, as autoridades negam acesso à justiça aos condenados, porque os honorários impostos aos advogados que defendem os detidos no corredor da morte nas últimas fases do julgamento são extremamente elevados.

Na terça-feira, dois outros presos foram executados por tráfico de droga. Segundo os ativistas, a taxa de execuções – todas por tráfico de droga até agora este ano – não tem precedentes pelo menos desde 2010, revertendo a tendência anual, que tinha sido de diminuição. Nos últimos anos não excedia as dez execuções, contrariando os altos números verificados na década de 90, quando podiam exceder os 70 anualmente. Desde o final de março, Singapura enforcou dez prisioneiros por tráfico de droga, e os ativistas advertem que ainda há mais de meia centena no corredor da morte, saturado após a paragem das execuções nos primeiros dois anos da pandemia da covid-19, resultando agora numa aceleração das execuções.

O Gabinete dos Direitos Humanos da ONU apelou a Singapura para suspender as execuções agendadas para esta semana e impor uma moratória na pena capital. A cidade-Estado asiática tem uma das leis mais severas sobre drogas do mundo, prevendo o enforcamento daqueles que tenham sido condenados por terem na sua posse droga que exceda 15 gramas de heroína, 30 gramas de cocaína, 500 gramas de canábis e 250 gramas de metanfetamina.

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