Justiça sul-africana no encalço de Ramaphosa

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O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, vai ser intimado para responder numa investigação sobre um embaraçoso caso de roubo na sua fazenda, anunciou , ontem, a Procuradoria da República.

O prazo concedido a Ramaphosa para responder a questões relativas a este dossiê, na origem das acusações de corrupção contra si, expirou segunda-feira.

“Pretendemos intimar o Presidente para obtermos as informações de que precisamos”, disse à  France Press (AFP) o porta-voz da Procuradoria, Oupa Segalwe, sem especificar quando a atribuição ocorrerá.

A instituição abriu uma investigação em Junho, depois de Ramaphosa, de 69 anos, ter sido acusado de comprar o silêncio de assaltantes que encontraram elevadas somas de dinheiro numa das suas propriedades.

Em Fevereiro de 2020, de acordo com uma denúncia apresentada pelo ex-chefe do Serviço de Informações sul-africano Arthur Fraser, os assaltantes que entraram numa fazenda do Presidente, em Phala Phala, no Nordeste do país, encontraram o equivalente a quatro milhões de euros em dinheiro.

A denúncia acusa Ramaphosa de esconder o roubo a Polícia e o dinheiro das autoridades fiscais, de ter organizado o sequestro e interrogatório dos ladrões, e de os subornar para permanecerem em silêncio.

Ramaphosa admitiu o roubo, mas negou as alegações de sequestro e suborno, dizendo que denunciou o assalto à Polícia.

O Presidente sul-africano também contestou os valores referidos, assegurando que o dinheiro resultou da venda de gado.

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