Suposto meliante espancado até à morte no Capari

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O jovem Pascoal Matias, de 21 anos, encontrado morto, na madrugada de quarta-feira, junto à escola Mendes de Carvalho nº 351, no interior da Urbanização do Capari, município do Dande, província do Bengo, terá sido vítima de espancamento.

Na sequência disso, a Polícia Nacional deteve três seguranças da empresa Securitas, que protege a centralidade, acusados do crime de homicídio por espancamento. Ao Jornal de Angola, um deles explicou que, na madrugada de quarta-feira, por volta das 2h00, durante uma ronda de averiguação feita pela equipa em serviço, depararam-se com um grupo de três marginais, que tentavam vandalizar algumas residências desocupadas, no bloco 2.

“Cercamos o perímetro e fizemos um disparo ao ar. Dois deles colocaram-se em fuga. Um deles, ao correr, caiu e bateu com a cabeça no chão. Mas voltou a levantar-se”, relatou.

Acrescentou que depois disso, a vítima foi esconder-se numa das residências desabitadas, no bloco 2 da centralidade, onde a encontraram. “Lhe demos uma repreensão, antes de ligarmos à Polícia. Mas o jovem parecia estar muito embriagado ou drogado. Não resistiu e acabou por morrer”, explicou.

Uma moradora do bloco 1, que reconheceu a vítima, lembrou que, na noite de terça-feira, por volta das 20 horas, Pascoal, também conhecido por Pastrana, e amigos estiveram em sua casa. “Foram comprar salsichas para acompanhar com as bebidas que estavam a beber. Mas naquele momento não tinha visto nenhum sinal estranho no rapaz”, referiu.

No local onde foi encontrado o corpo da vítima, um dos familiares revelou, em prantos, que Pestrana tinha antecedentes criminais, e antes de conhecer a morte trabalhava há dois meses numa roulotte, no bloco 1 da urbanização.

O dono do empreendimento, Joaquim César, conta que nos primeiros dias de trabalho, o malogrado recolhia todo o lixo produzido, e fazia a limpeza da roulotte. Mas com o tempo, ganhou a sua confiança e Pestrana tornou-se gerente. “Ele sempre demonstrou que podíamos confiar nele”.

Pastrana vivia mais próximo do local de trabalho e, por isso, o proprietário deu-lhe a máxima responsabilidade. “Nunca tivemos problema. As contas estavam sempre certas. Na noite de terça-feira deixei-o a trabalhar. Agora mesmo, estaria a prestar-me contas”, lamentou César.

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