A Sonangol está a construir, no Sumbe, Cuanza-Sul, um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento vocacionado para a realização de estudos científicos, uma estrutura que vê concluída a primeira fase dentro de seis meses, elevando, na companhia estatal, o potencial de conhecimento científico e tecnológico.
O anúncio da edificação do centro foi feito, ontem, pelo administrador executivo da Sonangol Joaquim Fernandes, ao programa Ngol, que a companhia difunde com periodicidade quinzenal no Canal A da Rádio Nacional de Angola.
O centro, acrescentou, vai realizar estudos nas áreas das Geociências, Inovação e prestação de assistência técnica às unidades de negócios, bem como a clientes externos, devendo entrar em funcionamento este ano.
De acordo com o responsável, o centro está a ser concebido com a flexibilidade necessária para armazenar, gerir e integrar todos os dados petrolíferos gerados pelo grupo, permitindo a realização de estudos e a salvaguarda do acervo de dados relevantes da empresa, assim como o registo e gestão de propriedade intelectual resultante de projectos de inovação e estudos executados.
O projecto que prevê, igualmente, desenvolver conhecimento nas várias áreas de petróleo e gás, com particular enfoque na exploração, desenvolvimento, produção e refinação em petroquímica, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, afirmou Joaquim Fernandes.
O administrador executivo da petrolífera nacional não avançou uma data concreta para a inauguração, mas assegurou que estão em curso pequenos ajustes no cronograma, numa altura em que “grande parte das obras está concluída” e está-se a trabalhar na redefinição do projecto, de modo a adaptar as actuais instalações aos objectivos preconizados com a implementação do projecto.
“Precisamos de adequar aos diversos tipos de laboratórios ao processo designado por recuperação avançada de hidrocarbonetos, estudos e análises de sedimentológica, análises geológicas e caracterização de reservatórios, ao mesmo tempo que estamos a trabalhar na definição de um espaço cibernético, entre outros aspectos, ” disse a fonte.
Autonomia na distribuição
O processo de distribuição de combustíveis não teve qualquer momento instabilidade desde o início do corrente ano, quando se verifica maior autonomia para as necessidades usuais, em consequência da criação de novas regiões de distribuição, declarou ao Ngol o administrador executivo da Sonangol.
Joaquim Fernandes frisou que a distribuição de combustível é caracterizada por um elevado grau de sensibilidade decorrente de factores que “nem sempre estão ao alcance da empresa”, tais como o contrabando de produtos em determinadas zonas fronteiriças e intempéries sazonais em certas regiões.
A melhoria da gestão do processo de distribuição, considerou Joaquim Fernandes, passa pela criação das regiões, agrupando numa delas as províncias de Luanda, Cabinda e Zaire; Malanje, Cuanza-Norte e Uíge (Região Norte); Benguela, Huambo e Bié (Região Centro); bem como Namibe, Huíla, Cunene e Cuando Cubango (Região Sul).
O sistema conta com uma distribuição primária, feita por cabotagem, partindo de Luanda para os portos do Soyo, Cabinda, Porto Amboim, Lobito e Namibe, para dar lugar à repartição em regiões que dão vazão ao escoamento para as regiões Norte, Centro e Sul por vias férrea e por estrada.
“Do ponto de vista do aumento de capacidade de transporte interno, temos a vias ferroviária e rodoviária. A nossa intenção é aumentar a capacidade de transporte, usando o Caminho-de-Ferro de Luanda com vagões específicos para Malanje, onde criaremos uma plataforma para fornecer outras localidades, o mesmo que sucederá com o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) e do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM)”, afirmou o responsável.
Fonte: JA