Casa Militar encerra unidade na província do Cuando Cubango

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A Unidade da Casa Militar do Presidente da República na província do Cuando Cubango, na qual foram descobertos vários crimes de peculato, branqueamento de capitais, associação de malfeitores, entre outros, no decurso da operação “Caranguejo”, vai ser extinta nos próximos dias, anunciou o tenente-general João da Cruz Fonseca.

O também comandante da 5ª Divisão de Infantaria Motorizada da Região Militar-Sul estacionada no Cuando Cubango explicou que há alguns anos foi criada uma sub-unidade da Casa Militar para facilitar o processo de desarmamento das forças militares da UNITA, a desminagem e o desmantelamento das dezenas de paióis de armamento escondidos nas matas.

João da Cruz Fonseca precisou  que depois de algum tempo, os responsáveis militares da unidade, de forma camuflada, abdicaram-se dos propósitos para os quais tinha sido criada e começaram a recrutar novos funcionários, entre civis e ex-militares, que pagavam uma certa quantia monetária para garantir a vaga.

“Esta é uma dura realidade que desfalcou os cofres do Estado em vários bilhões de kwanzas. Estes crimes só foram descobertos graças à Operação Caranguejo, que tem como principal arguido o major Lussati, que com a conivência de outras chefias militares era o cérebro da organização criminosa no seio das FAA.

Por esta razão, todos os  elementos serão responsabilizados criminalmente, incluindo aqueles que pagaram para ingressar na Casa Militar nesta região”, advertiu.  O tenente-general João da Cruz Fonseca disse que,  doravante, a Unidade da Casa Militar do Presidente da República ficará adstrita apenas à província de Luanda e não há razões destes serviços estarem representados noutras regiões do país.

Anunciou que o julgamento dos indivíduos que compraram vagas para o acesso à Casa Militar do Presidente da República, situada na cidade de Menongue, vai começar dentro de poucos dias. “O pessoal contratado, inicialmente, de modo oficial, foi transferido para a Caixa de Segurança Social das FAA para continuar a usufruir das pensões como reformados”, reforçou.

Fonte: JA

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