O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Egídio de Sousa Santos, destacou a aposta na melhoria das condições de vida das tropas e na garantia do cumprimento da missão.
Numa mensagem por ocasião do fim de ano, o general do Exército traçou algumas metas para 2022, entre as quais a melhoria das condições de aquartelamento e o asseguramento técnico-material, incluindo víveres, vestuário e assistência médico-medicamentosa.
Egídio de Sousa Santos disse que igual atenção será prestada aos reformados e aos que concluírem, com êxito, o serviço militar obrigatório. Referiu que em 2021 as Forças Armadas Angola-nas cumpriram a missão de garantir a defesa da Pátria e os superiores interesses da Nação, apesar do contexto difícil que se vive.
O chefe do Estado-Maior General das FAA apontou que a nível das sub-regiões, em que Angola está inserida, ficou o registo do apoio prestado pelas Forças Armadas Angolanas a Moçambique no combate ao terrorismo, na estabilização político-militar da República Centro-Africana e no reforço da cooperação regional e internacional para garantir a segurança no Golfo da Guiné.
Quanto à formação de quadros, destacou os cursos nas escolas, nos institutos e nas academias militares do país e do exterior, alguns dos quais terminados com êxito.
Em relação ao processo de recrutamento e incorporação militar, Egídio de Sousa Santos afirmou que continuam a ser acauteladas medidas no quadro do actual processo de reestruturação e redimensionamento, ajustando-os às possibilidades económicas do país.
“Neste contexto, devemos valorizar o que se realizou de positivo mesmo em circunstâncias adversas”, observou, exortando para o cumprimento das medidas de biossegurança contra a Covid-19 e à vacinação, de forma a reduzir o nível de propagação do vírus.
Na ocasião, o general do Exército apelou para o uso da Internet e das redes sociais a favor da ciência e da tecnologia militar, tendo desencorajado o manuseio indevido destes meios para difundir desinformação ou ataques a pessoas e às instituições do Estado.
No seu discurso, agradeceu a contribuição dos que, com coragem, firmeza, dedicação e elevado profissionalismo, cumpriram, cabalmente, as obrigações, dignificando a farda que envergam e o juramento prestado perante a bandeira nacional.
As Forças Armadas Angolanas representam o símbolo de unidade nacional e foram criadas a 9 de Outubro de 1991. A institucionalização das FAA consubstancia a materialização do preceituado nos Acordos de Bicesse (Portugal), rubricados em 1991, entre o Governo angolano e a UNITA, ao abrigo do qual foram fundidas as ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), exército governamental, e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), então braço militar da UNITA.
As FAA encarnam, na essência, os valores mais elevados do patriotismo e da cidadania. A natureza humana faz dela uma autorizada representação nacional, na medida em que incorpora o diversificado mosaico étnico-racial, cultural e de tradições das heróicas lutas de resistência, defesa da Independência e da soberania do país.
Fonte: JA