Cabinda vai ganhar uma centralidade de raiz

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A província de Cabinda vai contar, a partir de 2022, com uma centralidade de raiz de três mil vivendas, que está a ser erguida na zona do Chibodo II, anunciou, quinta-feira, o governador Marcos Alexandre Nhunga.

Discursando na cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, referiu que a construção da centralidade de Cabinda “deixou de ser um sonho e passou à realidade” e os primeiros 500 apartamentos vão ser entregues no início deste ano.

Para o governador de Cabinda, além disso, vários projectos habitacionais paralisados foram retomados, como a construção de 300 casas sociais, nos municípios de Cabinda, Cacongo, Belize e Buco-Zau. Segundo Marcos Nhunga, neste novo ano, vão arrancar as obras de construção de 500 apartamentos, o que permitirá mudar a imagem da cidade de Cabinda e das sedes municipais.

De acordo com o governante, no sector dos Transportes, as obras de construção do terminal de passageiros, quebra-mar e da rampa de atracagem de ferryboat “estão a bom ritmo de execução, o que vai aliviar na transportação de passageiros para pontos litorais do país”.

Com o objectivo de assegurar maior qualidade das estradas e das ruas da cidade de Cabinda, está em curso o melhoramento das principais vias rodoviárias para circulação de pessoas e bens. Marcos Nhunga reconheceu que, apesar dos esforços feitos no melhoramento das estradas, sobretudo, do Lubendo e Chuweca, é necessário fazer-se mais para garantir a qualidade das vias rodoviárias.

Saúde e Educação

Marcos Nhunga disse que a Saúde obteve ganhos significativos, com a construção do centro de hemodiálise e da entrada em funcionamento da sala de hemodiálise do Hospital Provincial de Cabinda, além da montagem do hospital de campanha do Chiazi, o posto de saúde de Tchiobo, a fábrica de oxigênio do hospital provincial e o centro de saúde do Chuweca.

“Para evitarmos enchentes nas principais unidades hospitalares, o Governo vai construir a partir de 2022 centros médicos em todos os bairros, no âmbito do Projecto Tampão”, referiu, apontando que o mesmo  contempla a conversão do mercado do Gika para uma unidade hospitalar de especialidade médicas.

“No Cacongo e Buco-Zau, várias unidades vão entrar em funcionamento, como o novo hospital municipal do Lândana, a reabilitação e ampliação do hospital municipal de Belize e a requalificação do hospital da Alzira da Fonseca, bem como a implementação de unidades hospitalares em locais mais recônditos da região”, destacou.

Disse que, com o objectivo de reforçar a assistência médica e medicamentosa, foram admitidos 438 novos funcionários, anunciando que em 2022 o Governo vai enviar a Luanda e Portugal 30 médicos para cursos de especialização nas áreas com maior carência nos hospitais locais.

Lembrou que 15 técnicos de enfermagem beneficiaram, em 2021, de cursos em várias especialidades em Luanda e cinco médicos obtiveram o grau de especialista em medicina interna, no hospital de Cabinda. No sector da Educação, foram admitidos 2.428 novos professores e 300 auxiliares de limpeza. Para assegurar o aumento do número de crianças no sistema de ensino, o Governo de Cabinda prevê construir escolas (117 salas de aula).

Mais energia e água

De acordo com Marcos Nhunga, com a entrada em funcionamento da ETA de Sassa Zau, com uma capacidade de 51.840 metros cúbicos/dia, vai permitir superar os actuais níveis de produção de 1400 metros cúbicos/dia para 53.240 metros cúbicos/dia em benefício das populações da cidade de Cabinda e da vila de Lândana.

“Neste momento, o projecto está em fase experimental e já está a beneficiar as populações da vila de Lândana e de alguns bairros da cidade de Cabinda, como do Cabassango, Simindele, Chibodo, bem como da urbanização 4 de Abril”, disse.
No sector de energia eléctrica, o governador frisou que é notória a iluminação pública em vários bairros da cidade de Cabinda, nas sedes municipais e em algumas aldeias. O projecto de iluminação pública, segundo Marcos Nhunga, vai continuar a ser executado para atingir o maior número de pessoas.

“A par deste projecto, estão a ser concluídos os trabalhos de montagem do transformador de 33 MVA, de 26,4 MV, para a turbina nº 3 da Central de Malembo, o que vai permitir o aumento da capacidade de transformação de energia eléctrica”, esclareceu.

Quanto ao aumento da capacidade de distribuição de energia eléctrica à cidade de Cabinda e bairros, foram instalados 64 postos de transformação (PT), de média e baixa tensão, bem como ligações domiciliares, faltando a montagem de 17 PT.
Anunciou que, no âmbito do projecto de construção da rede de iluminação pública da província de Cabinda, foram montados 2.075 luminárias Led, dos 2.160 previstos, na cidade de Cabinda, e 792 postes com candeeiros fotovoltaicos de 240 watts, dos 1.150.

Referiu que um projecto idêntico está em curso, nos municípios de Belize e Buco-Zau, indicando que no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) decorre a construção dos sistemas de abastecimento de água das comunas de Inhuca, Massabi, dos sistemas gravíticos de Necuto, do Cuidado, do Tchinsua, das aldeias Bonde Grande e pequeno, bem como do Wanda Conde até à aldeia de Kissoqui.

De acordo com Marcos Nhunga, em 2022, prevê-se a construção do sistema de abastecimento da comuna de Tando Zinze, ampliação da rede de distribuição no bairro Gika, nas aldeias de Champuto Rico, Caio Cacongo/Chapa, Socoto, Kibuende e Cungo Butuno.

Fonte: JA

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