África subsaariana acumula 96% das mortes por malária

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A África subsaariana é de longe a região do mundo mais afectada pela malária, com quase 95% de todos os casos e 96% das mortes registadas globalmente em 2020, conclui o Relatório Mundial da Malária, hoje apresentado.

O relatório anual, realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), conclui que as perturbações provocadas pela pandemia de Covid-19 fizeram aumentar em 47.000 o número de mortes por malária no mundo, mas o pior cenário, que apontava para uma duplicação da mortalidade, não se concretizou.

A nível global, o número de casos de malária aumentou em 14 milhões – de 227 milhões em 2019 para 241 milhões em 2020 – e a doença matou 627 mil pessoas em 2020, mais 69 mil (12%) do que no ano anterior, sendo dois terços dessas mortes atribuídas às perturbações provocadas pela pandemia.

Segundo o relatório, a região de África da OMS contribuiu para mais de 95% desse aumento de casos e de mortes entre 2019 e 2020.

Só na África Subsaariana, a OMS registou no ano passado 228 milhões de casos de malária (95% de todos os casos no mundo), o que representou um aumento de 7% face aos 213 milhões de casos contabilizados em 2019.

O número de mortes na África Subsaariana aumentou 12% – de 534 mil para 602 mil – em 2020, e cerca de 80% das mortes por malária na região são entre crianças com menos de 5 anos.

“Portanto, estamos a lidar com um problema em geral africano”, disse o director do Programa Global da Malária da OMS, Pedro Alonso, numa conferência de imprensa para apresentar o relatório aos jornalistas.

Provocada por um parasita que é transmitido por um mosquito, a malária pode ser contraída várias vezes ao longo da vida e pode comprometer o desenvolvimento das crianças quando contraída em idade precoce ou até matar.

Fonte: JA

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