Angola vai expandir a capacidade hídrica

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Um relatório da firma global de advogados DLA Pipe divulgado ontem, inclui Angola em dois grupos de países na transição energética em África: um, em que o processo assume a forma de expansão da capacidade hidroeléctrica e, outro, onde o investimento em novos projectos de petróleo e gás é encorajado.

O “Africa Energy Futures: Horizon 2030” analisa em profundidade a transição energética em 21 países africanos, prevendo os desafios e oportunidades que surgem nos próximos cinco a dez anos.

O documento afirma que, apesar de grandes passos estarem a ocorrer na descarbonização dos países africanos, com 12 dos 21 países estudados no relatório a contarem com energia limpa como uma parte importante da matriz energética, vários Estados ainda dependem essencialmente de combustíveis fósseis.

Também existem diferenças significativas entre os países na diversidade do fornecimento de energia e sistemas de energia, o que está a resultar num desenvolvimento inconsistente em todo o continente.

Apesar dessas diferenças, o relatório identifica como um tema claro, o facto de os  Governos em toda a África estarem a aumentar a capacidade em energia renovável  como parte de uma agenda de transição e como a forma mais eficaz de atender à procura crescente, que deverá duplicar até 2040.

Em países como Angola, Burundi e Etiópia, a transição vai assumir a forma de capacidade hidroeléctrica expandida e, em outros, o foco está no desenvolvimento de infra-estrutura solar e eólica, como é o caso do Botswana, Quénia e África do Sul. Em qualquer um dos casos, o objectivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis e fontes de biomassa.

Tendências do processo

O relatório aponta, como uma das tendências que caracterizam a transição energética da África, o facto quase todos os países pesquisados terem programas legislativos e de investimento em vigor para energias renováveis, o que tanto representa a oportunidade de as nações africanas liderarem o processo, quanto a de investimento intercontinental em grande escala.

Na perspectiva das tendências, prevê-se que o uso de combustíveis fósseis e biomassa continue a representar uma grande parte da matriz energética para quase todos os países nos próximos cinco a dez anos, mas Angola, Nigéria e Argélia vão continuar a encorajar e garantir o investimento em novos desenvolvimentos de petróleo e gás.

Os incentivos à transição para as energias renováveis passam a ser reconhecidos nos mercados do continente, em particular, como solução para superar os défices de produção e forma de alcançar a categoria de país de rendimento médio até 2030.

O documento aponta, entretanto, para um desafio: para alcançar a transição energética, é necessária implementação, uma questão em que os países não precisam apenas estruturas legislativas atraentes, mas também de um impulso real dos Governos para incentivar o investimento em energia limpa e projectos “financiáveis”.

Fonte: JA

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