As operadoras de desminagem já removeram, desde o início do processo de desminagem na província do Bié, mais de 714 mil engenhos explosivos não detonados, deixando livre um total de 333 zonas desminadas.
Segundo o vice-governador provincial para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, António Manuel, o Bié tem actualmente 101 campos por desminar e quatro zonas suspensas pelo difícil acesso causado pelas fortes chuvas, que se abatem nesta altura na região centro do país.
António Manuel fez estas declarações à saída de uma audiência concedida a uma delegação norte-americana, chefiada por Benjamim Cullets, adido do Departamento de Política e Economia da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Angola, onde recebeu garantias que aquele país vai financiar os projectos de desminagem através de um plano orçamental avaliado em 60 milhões de dólares.
Na ocasião, o vice-governador enalteceu o papel da Halo Trust, do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Brigada Central de Desminagem da Quarta Divisão de Infantaria e da Brigada de Desminagem da Casa Militar do Presidente da República, que cooperam neste domínio, acção que vai, seguramente, reduzir os índices de acidentes causados por minas e engenhos explosivos naquela província.
Por outro lado, o adido económico da Embaixada dos EUA em Angola, Benjamim Cullets, disse que o seu país vai financiar projectos de desminagem naquela província, a fim de acelerar o cumprimento do plano que visa livrar Angola das minas até 2022.
Benjamim Cullets espera cooperação em várias áreas em que o Governo americano pretende estreitar laços, como a Educação, Agricultura e Saúde, garantindo que o objectivo da sua visita visa o reforço das relações de cooperação entre os dois Estados e inteirar-se do processo de desminagem local.
Fonte: JA