Os partidos com assentos parlamentares e os deputados não integrado manifestam seu descontentamento face a nova lei eleitoral que no entender conjunto favorece o partido no poder e como sempre desprestigia a oposição, por esse motivo apelam ao Presidente da República, no sentido de recuar para a devida reapreciação na casa das leis e evitar o envolvimento da Casa de Segurança do Presidente no processo eleitoral preocupa oposição.
Domingos Miguel
O conglomerado de partidos políticos com representações parlamentares, nomeadamente a UNITA, PRS, CASA-CE e FNLA e deputados não integrados a grupos parlamentares protestam de forma `urbana´ a aprovação da nova lei eleitoral que por sinal com votos apenas da bancada parlamentar do MPLA, que no entender conjunto é uma lei que atenta contra a transparência, lisura e a verdade eleitoral e abona oportunidades desiguais aos concorrentes.
Durante o encontro várias preocupações foram levantadas como é o caso do envolvimento da Casa de Segurança do Presidente da República no processo eleitoral, com a competência de gerir o transporte e o armazenamento das cédulas dos votos importados, o colectivo da oposição entende que a Casa de Segurança do Presidente da República não é `digna´ de tais responsabilidades sendo que actualmente está emaranhado no escândalo mediático vulgo “Operação Caranguejo”, onde encobre desvios de erário, fraude e associação criminosa.
A semelhança do que acontece em Brasil, Cabo Verde, Portugal e tantos outros países a conjuntura política na oposição defende que sejam os partidos político a credenciar os seus representantes nas mesas de votos e lamenta o prazo de apenas 30 dias para credenciar os mais de 400 mil delegados de lista, “a CNE nunca conseguiu credenciar com eficiência e eficácia”, temem ter um processo `conturbado´.
Mostram-se igualmente preocupados com a composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que no entender conjunto a composição não pode basear nos resultados eleitorais e nem na composição da Assembleia Nacional e deve ficar garantidas a paridade de partidos na composição em número igual para garantir a lisura, transparência, verdade eleitoral e oportunidades iguais aos concorrentes.
No final apelaram a todos a actualizar o registo eleitoral para não dar desculpas aos que atentam contra a lisura e a verdade eleitoral, “devem denunciar as autoridades competentes todos vestígios de violação da lei e da verdade eleitoral” e desafiam a implantação rigorosa no apuramento municipal e provincial dos resultados, como garantia da verdade eleitoral.