O Movimento Independentista de Cabinda-MIC, promete realizar uma manifestação pacífica no enclave de Cabinda, uma carta do gabinete da presidência do MIC, a que este jornal teve acesso dá conta da realização de marcha pacífica no dia 11 de Novembro em Cabinda, a missiva foi assinada pelo seu presidente Carlos Vemba.
Lê na íntegra a carta
MOVIMENTO INDEPENDENTISTA DE CABINDA-MIC
= Gabinete presidencial =
Assunto: Manifestação Pacífica contra as detenções arbitrárias e a favor da Realização do Referendo de Autodeterminação sobre Cabinda.
MIC (Movimento Independentista de Cabinda) digna-se em informar a Comunidade Internacional e aos cabindeses no geral, por intermédio desta que no dia 11 de Novembro do ano corrente, realizar-se-á uma MANIFESTAÇÃO destemida e pacifica contra as detenções arbitrárias, perseguições políticas e prisões ilegais dos activistas políticos de Cabinda ( António Victor Tuma e Alexandre Dunge) e a favor da Realização do Referendo de autodeterminação sobre Cabinda.
O MIC, paralelamente informa a todos seus militantes e ao povo em geral que o ponto de concentração da Manifestação susodita será no Largo do antigo cemitério do Zangoio (Parada dos Fiéis) esta, principiará por volta das 12h:00 e terá o seu auge defronte à sede do Governo do Estado Ocupante em Cabinda.
O MIC entende que, a realização das eleições angolanas em Cabinda, nunca trará a solução definitiva do problema de Cabinda, porque este assenta em pressupostos do direito internacional público. Trata-se do direito de Autodeterminação dos povos, tal como está plasmado e entendido pela Carta das Nações Unidas, artigo1° n°2 / artigo 55, e aplicado pelo costume internacional. É um princípio que se consistência no direito de um povo à escolher sem a interferência externa, o seu estatuto político. Portanto, é neste quadro que o MIC ( Movimento Independentista de Cabinda) insta às Nações Unidas a adoptarem uma resolução que permite a realização do REFERENDO DE AUTODETERMINAÇÃO, para aferir a vontade dos cabindeses quanto ao estatuto político que preferem, tais como: a independência, autonomia e integração.
Movimento Independentista de Cabinda (MIC), apela
apela à mais influente organização político-diplomática internacional (ONU) que detém em suas mãos o poder de resolver os mais gravosos conflitos à escala mundial e de manter a Paz e a Segurança Internacionais, a não sonegar a verdade e a justiça no que tange a Questão de Cabinda para se pôr o termo ao actual estatuto prevalecente neste território lusófono Não-Autónomo “Cabinda”, tal como resolveu a Questão do Timor-Leste quando da ocupação da Indonésia, este deve servir o pano de fundo para resolver o problema de Cabinda, numa perspectiva mais jurídica, menos emocional, menos política, mais racional e humana, para pôr termo à guerra e a neocolonização angolana.
Reafirmamos o nosso apela aos cabindeses para não participarem nas eleições angolanas em Cabinda”, por este não reflectir o desejo do nosso povo ao contrário dessa exigirmos a realização do “Referendo” de autodeterminação para resolução definitiva do problema de Cabinda. E finalmente, exigimos também a libertação imediata e incondicional dos membros do MIC, António Victor Tuma e Alexandre Dunge.
(MANIFESTAÇÃO, DIA 11 DE NOV. 2021)
Cabinda, 07 de Novembro de 2021
Presidente
Carlos Vemba