Os armazéns da Angoalissar, um dos maiores grossistas pelo país, baixaram, de forma voluntária, nos últimos 15 dias, o preço de vários produtos.
Nos estabelecimentos de venda ao público, espalhados por Luanda e não só, o preço do arroz, de 25 quilogramas, de marca “Uncle Sam”, da Tailândia, que custava 14.276 kwanzas, passou a 12.600 kwanzas, uma diferença de 1.676 kwanzas.
A caixa de coxa de marca “AA US”, de 10 quilogramas, que custava 12.462 kwanzas, está agora a 10.750 kwanzas, uma diferença de 1.712 kwanzas. O óleo vegetal de marca brilhante, de 12×1 Litros, era 18.282 kwanzas, passou para 13.950 kwanzas. A redução é de 4.332 kwanzas. Já o óleo vegetal da marca máxima, de 12×1 litros, vendido antes a 16.114 kwanzas, reduziu para 14 mil, com uma queda de 2.114 kwanzas no preço.
Já o óleo vegetal, de marca santa clara, de 12×1 Litro, vendido a 16.990 kwanzas, está agora 15.600 kwanzas. A diferença é de 1.390 kwanzas. No caso do leite em pó, de marca Biba, 6×1, de oito quilogramas, então vendido ao preço de 71.184 kwanzas, baixou para 42 mil kwanzas, uma diferença de 29.184 kwanzas.
A tendência observada nos armazéns Angoalissar também se verificaram nos outros três operadores.
Na rede Star One, a caixa de coxa, de origem USA, de 10 quilogramas, vendido antes ao preço de 15.429 kwanzas, está agora a 13.037 kwanzas, num registo de uma diferença de 2.392 kwanzas.
Já na Mafcom, o saco de arroz, de marca Alimo, origem Tailândia, de 25 quilos antes 14.049 kwanzas, baixou para 10.802 kwanzas. A diferença é de 3.246 kwanzas. A caixa de coxa, de origem USA, de 10 quilogramas, vendido ao preço de 10.564 kwanzas, passou para 9.107 kwanzas, numa diferença de 1.457 kwanzas.
A caixa de óleo, de marca Oki, de 20 litros, custava 20.532 kwanzas, baixou para 16.175. A diferença é de 4.357 kwanzas. O leite em pó “Fronteira” vendido ao preço de 155.475 kwanzas, está, actualmente, 139.939 kwanzas, uma diferença 15.535 kwanzas.
Já na Naval General Trading, também registou-se baixa de preços nos produtos. O arroz, Garcia, da Tailândia, de 25 quilogramas, contra o preço anterior de 14.800 kwanzas, está agora 13.500. A redução observada dá uma diferença de 1.300 kwanzas.
A operação de vigilância da ANIESA resultou na visita a quatro (4) de 15 empresas, que integram o conjunto das firmas designadas de grandes importadoras.
ANIESA garante continuidade das inspecções preventivas
A inspecção conjunta, feita nos últimos 15 dias, em Luanda, resultou no compromisso voluntário de redução consecutiva dos preços dos alimentos e outros bens à venda feito por 88 operadores visitados.
Segundo dados fornecidos pelo inspector-geral da ANIESA, Diógenes de Oliveira, no período em referência foram analisados processos de importação de quatro (4) das 15 empresas que compõem o leque de maiores importadores de produtos da cesta básica.
Trata-se no coso da Star One – comércio geral, localizada no Zango, em Viana; a Mafcom Angola e a Angoalissar, sedeadas na Ingombota, município de Luanda, e a Naval general trading, em Cacuaco.
Da documentação analisada pelas equipas inspectivas, concluiu-se que o preço anterior à entrada em vigor do Decreto Presidencial Provisório número 1/21 de 14 de Setembro, registou-se uma variação média entre menos 5,45 e 41,36 por cento.
Infracções
Segundo o relatório a que o Jornal de Angola teve acesso, a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar, que coordenada as operações, registou entre 1 e 15 de Outubro, um total de 248 infracções diversas no mercado formal e informal.
O inspector-geral, Diógenes de Oliveira, disse que, no período, foram ainda instaurados quatro (4) processos crimes, encaminhados para o Serviço de Investigação Criminal (SIC) e à Direcção de Investigação de Ilícitos Penais da Polícia Nacional, para a instauração dos competentes processos.
Dos 88 operadores económicos visitados, 53 pertencem ao sector do Comércio, 10 à Indústria, 19 à Saúde e seis (6) ao Turismo. As mesmas acções inspectivas tiveram maior influência nos municípios de Luanda, Talatona, Viana e Belas. Nesse conjunto, Viana teve 51 unidades e Belas 21. As restantes dividem-se nas outras zonas referenciadas.
Entre as causas principais de infracções punidas, além da especulação de preços e produtos em má conservação, registam-se ainda a falta de facturas e a inexistência de uma estrutura de cálculos de preços dos produtos, prática contrária ao estipulado na Lei.
Como prova, foram realizadas 13 colectas de amostras de variados produtos, enviados para os laboratórios do Instituto Nacional de Controlo da Qualidade (INACOQ) e ao Ministério da Agricultura e Pescas, para análise. Registaram-se seis produtos, que não estavam em conformidade.
As visitas foram feitas por técnicos e efectivos da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), Serviços de Investigação Criminal (SIC), Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) da Polícia Nacional e Administração Geral Tributária (AGT).
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