O presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro anunciou, ontem, na cidade do Lubango, província da Huíla, o aumento, nos próximos tempos, de jornais a circular em todas as províncias do país.
Drumond Jaime, que discursava na cerimónia de apresentação do Jornal o Planalto, onde está incorporada a Huíla, disse que o número de jornais que circulam actualmente nas províncias é insuficiente.
“Vamos aumentar o número de jornais a circular em todas as províncias de Angola, porque achamos que é muito reduzido e não satisfaz”, sustentou.
Particularizou que a província da Huíla, por exemplo, é o terceiro pólo universitário do país, depois de Luanda e Huambo, o que significa que a massa crítica e o nível de intelectualidade justifica uma maior circulação do jornal diário, que é o Jornal de Angola, um dos vários títulos da Edições Novembro.
Solicitou ao Governo Provincial da Huíla no sentido de ajudar na divulgação dos títulos da Edições Novembro, levando-os para os municípios e comunas, não só o Jornal o Planalto, mas também o Jornal de Angola, que vai ter, nos próximos dias, uma divulgação maior.
A incorporação dos mais variados assuntos da província da Huíla no Jornal o Planalto, integrado pelas províncias do Huambo e Bié, constitui o destaque do lançamento do título, ontem, na cidade do Lubango, pelo presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro.
Droumond Jaime informou que se discutiu muito em relação ao Planalto, porque havia dúvidas do posicionamento da província da Huíla.
Acrescentou que a discussão em torno da posição da Huíla continua aberta. “Vamos continuar a reflectir e pedir a ajuda do Governo e população da Huíla para a indicação real do posicionamento desta província, para facilmente enquadrarmos o título”, assegurou.
Informou que o Jornal o Planalto enquadra-se nas acções do Governo de Angola, através do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, no sentido de dinamizar a imprensa regional.
Reconheceu que as matérias oriundas das diferentes direcções provinciais não têm espaço no único matutino diário “Jornal de Angola”, em função do fluxograma, daí o surgimento dos títulos regionais, que têm a periodicidade quinzenal e circulação nacional e internacional, no sentido de dar vazão às grandes questões e temas em todos os domínios das diferentes regiões do país.
O PCA da Edições Novembro defendeu maior divulgação do potencial turístico e cultural da Huíla. Exemplificou que a província é a maior produtora de gado, por isso deve-se divulgar a origem, formas de criação e as tecnologias usadas.
Afirmou que o jornal é, também, uma plataforma para a divulgação dos estudos sobre usos e costumes dos povos que compõem a província da Huíla e mostrar ao mundo o que pode ser uma fonte de arrecadação de receitas.
Esclareceu que o jornal não é só para jornalistas, mas também para académicos interessados em dar a conhecer aspectos das províncias da Huíla, Bié e Huambo.
O responsável da Edições Novembro reafirmou que, no quadro das iniciativas, está na forja a criação do jornal infantil e espera-se que as crianças da Huíla contribuam, também, escrevendo reportagens sobre as suas escolas, poesias e contos relacionados com o mundo da infância. O objectivo, acrescentou, é fazer com que, desde a tenra idade, as crianças ganhem o hábito de escrever e ler.
Por sua vez, o representante do governador provincial da Huíla, Lisender André, garantiu apoio institucional do Governo da Huíla à empresa Edições Novembro.
“Temos a plena certeza de que o facto do Jornal o Planalto representar, fundamentalmente, as províncias da Huíla, Bié e Huambo, trará um ganho para a região, do ponto de vista da divulgação dos diversos assuntos, nas mais variadas áreas”, reconheceu.
Fonte:JA