A presidente da Comissão da Carteira e Ética afirmou, ontem, na cidade do Huambo, que os jornalistas, em pleno exercício, devem se abster de prestar serviços de assessoria de imprensa, consultoria de imagem, actividades políticas e publicitárias, por serem incompatíveis com o exercício da actividade jornalística.
Luísa Rogério, que falava aos jornalistas de diversos órgãos de comunicação social sobre as incompatibilidades, direitos e deveres dos jornalistas, durante o exercício das suas actividades, acrescentou que, sempre que surgem pressupostos incompatíveis, os profissionais abrangidos devem entregar a carteira na comissão, a fim de se evitar aplicações de sanções.
“Há actividades consideradas incompatíveis com o exercício do jornalismo, partindo do princípio de que a actividade jornalística requer credibilidade, objectividade, rigor, isenção, respeito pelo contraditório e interesse público”, apontou.
Os profissionais foram exortados a pautar pela “cláusula de consciência” e responsabilidade no exercício das funções. Acrescentou que “quem tem a carteira de jornalista deve deixar de fazer programas de entretenimento ou publicidade”.
Luísa Rogério salientou que é imperativa a constituição, nos próximos dias, dos Conselhos de Redacção, para que haja um órgão de consulta, que possibilite intermediar conflitos entre os jornalistas e as direcções dos órgãos.
A Comissão da Carteira e Ética faz, na manhã de hoje, no auditório da Rádio Huambo, a entrega de carteiras profissionais a mais de 60 jornalistas. Desde o início do processo, já foram entregues, em todo o país, mais de 1.400 carteiras profissionais.
Fonte:JA