Manuel Augusto elogia lisura das eleições

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O chefe da Missão de Observação da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) às eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe, Manuel Augusto, disse que o arquipélago é “um bom exemplo a seguir” por ter realizado um processo “pacífico, organizado e transparente”.

“Numa região marcada por algumas situações conturbadas, as eleições em São Tomé e Príncipe correram bem, mas, sobretudo acabaram bem. Felizmente, por vontade do povo são-tomense, a segunda volta correu bem, de forma pacífica, organizada e transparente, tanto é assim que após a divulgação dos resultados não houve nenhuma contestação”, destacou.

O antigo ministro das Relações Exteriores de Angola frisou que, apesar da eleição de um novo Presidente não resolver os problemas todos de São Tomé e Príncipe, “contribui para a consolidação da democracia e abre também esperanças numa nova forma de convívio” entre o novo Chefe de Estado são-tomense, Carlos Vila Nova, ligado à Acção Democrática Independente (ADI), na oposição, e o Governo liderado por Jorge Bom Jesus, do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD).

“O novo Presidente da República vem da mesma família política do Presidente cessante, mas, naturalmente, é uma pessoa diferente, que tem a sua personalidade e vai ter de criar condições para uma sã convivência com o Governo do MLSTP-PSD”, disse.

Manuel Augusto mostrou-se optimista nessa boa convivência, argumentando que São Tomé e Príncipe tem desafios muito grandes, começando pela “sua insularidade, mas também a vontade de trabalhar para a coesão”.

“Naturalmente, um processo como esse, que teve 19 candidatos na primeira volta, deixa sempre alguns factores fracturantes e uma das primeiras tarefas do novo Presidente é contribuir para que isso seja remetido para o passado e as forças vivas de São Tomé e Príncipe se unam para os desafios futuros”, apelou.

O presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, Delfim Neves, apelou aos são-tomenses, particularmente aos políticos, a estarem “acima das quezílias e querelas estéreis, substituindo as tensões fracturantes pela procura de mútua compreensão”, evitando as crispações, tendo em vista “um nível de concórdia e apaziguamento dos espíritos das vontades.”

Na segunda volta das eleições presidenciais, realizadas no dia 5 de Setembro, em que estavam inscritos mais de 123 mil eleitores, exerceram o direito de voto 80.622 pessoas, o que corresponde a 65.4%, tendo havido uma abstenção de 42.680, correspondente a 34,6%.

Carlos Vila Nova obteve 45.534 votos (57,6%), vencendo a corrida à sucessão de Evaristo de Carvalho, en-quanto o opositor Guilher-me Posser da Costa obteve 33.585 (42,4%).

Domingos dos Santos | São Tomé

Fonte:JA

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