Escolas com poucos alunos no primeiro dia de aulas

0
220

Muitas escolas públicas do ensino primário e secundário, na província de Luanda, registaram, ontem, no início das aulas, um absentismo considerável de alunos, constatou a reportagem do Jornal de Angola durante uma ronda que efectuou a essas instituições de ensino.

À semelhança de anos anteriores, em que o início das aulas acontece em dias próximos à sexta-feira, milhares de alunos costumam apenas ir à escola a partir da semana seguinte.

É o caso do que aconteceu a nível da Escola do Ensino Primário nº 1214, localizada no Distrito Urbano das Ingombota, em que dos 370 matriculados que a instituição possui apenas 72 compareceram às aulas. E, apesar do número reduzido de alunos, os professores deram a primeira aula e aplicaram faltas aos ausentes.

A directora da Escola nº 1214, Amélia Pedro, disse que as condições para o arranque do ano lectivo já estão preparadas, faz tempo, daí os professores estarem mobilizados e apareceram em massa. “As medidas de biossegurança estão criadas, tanto é que os funcionários da escola foram vacinados contra a Covid-19”.

Amélia Pedro frisou que dos 370 estudantes que a escola possui, 170 vão estudar no período da manhã, desde a iniciação à 3ª classe, enquanto os restantes 200 estão enquadrados da 4ª à 6ª classe.

Já no Liceu Mutu-ya-Kevela, instituição do II ciclo do ensino secundário, a presença de alunos contava-se aos dedos. Boa parte desses meninos foi, ainda, para verificar os nomes nas listas e as turmas em que vão estudar.

Em relação aos docentes, estes compareceram todos. Mas, a ausência de alunos os levou apenas a estarem concentrados na sala de professores, onde aproveitavam trocar impressões sobre as várias temáticas a abordar durante o ano lectivo.

No Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL), o absentismo foi ainda maior, tanto de alunos quanto de professores. Neste estabelecimento, as listas de alunos matriculados e confirmados foram apenas afixadas na terça-feira.

O subdirector pedagógico do IMEL, Clemente Fernandes, disse que a morosidade na afixação das listas deveu-se ao elevado número de alunos que a instituição possui. São, no total cinco mil, subdivididos nos turnos da manhã, tarde e noite. Clemente Fernandes sublinhou que a escola possui 102 salas de aula, numa altura em que os professores estão todos preparados, inclusive com as medidas de biossegurança criadas. Mas, confirmou que só a partir de segunda-feira é que as aulas vão, efectivamente, iniciar.

O cenário foi quase o mesmo no Instituto Médio Industrial  de Luanda (IMIL). Alguns alunos foram à escola apenas para consultar as listas, apesar de os professores estarem todos presentes e prontos para receber os estudantes nas salas de aula.

Luanda, a capital do país, segundo a governadora Ana Paula de Carvalho, vai ganhar 36 novas escolas para o presente ano lectivo, numa altura em que estão matriculados mais de um milhão e 800 alunos do primeiro ao segundo ciclo de ensino. Condições de biossegurança

As escolas do ensino primário e secundário em Luanda, arrancaram oficialmente, ontem, as aulas e continuam a reforçar as condições de biossegurança, no âmbito do programa de prevenção e combate à Covid-19.

O Jornal de Angola constatou que as instituições estão preparadas para o arranque do ano lectivo com os materiais de biossegurança, água corrente para lavagem das mãos antes e depois de das aulas, viseiras protectoras para professores, termómetros, luvas cirúrgicas e látex e litros de álcool.

O subdirector pedagógico do IMIL, Manuel Tomás, disse que as experiências acumuladas do ano passado fizeram com que a instituição estivesse melhor preparada na questão da prevenção à Covid-19.

O único problema tem a ver com a falta de reservatório para a água corrente nas torneiras do instituto, uma preocupação já apresentada ao Ministério da Educação, que está a providenciar material para a reabilitação de um tanque velho que existe na escola, há alguns anos.Para este ano, referiu Manuel Tomás, o IMIL tem mais de 850 novos alunos que vão frequentar a instituição.

O subdirector pedagógico da Escola Primária nº 3.030, no município do Cazenga, Eufrásio Bravo da Rosa, realçou que, em conjunto com a repartição local da Educação, foram criadas condições de biossegurança para o arranque ontem do ano lectivo.

À entrada dessa escola, há dois baldes de dois mil litros de água corrente, num tanque adaptado, e em cada torneira encontra-se o sabão para a higienização das mãos. Já no interior, estão vários dispensadores com os devidos frascos de álcool em gel e viseiras para professores.No município, disse, as escolas primárias estão bem equipadas com material de biossegurança, porque o Ministério da Educação deu o apoio necessário.

Para este ano lectivo, a referida escola primária tem 2.605 crianças, divididas em três turnos. Mateus Faustino, 17 anos, vai estudar no ensino secundário, na escola Ngola Kanini, destacou a importância do cumprimento das medidas de biossegurança, por ajudarem a travar a propagação do vírus da Covid-19.

Fonte:JA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui