O Reino de Marrocos tomou nota da decisão unilateral das autoridades argelinas de romper, a partir desta quarta-feira, 25, as relações diplomáticas com Marrocos, indica nota chegada à nossa redacção.
De acordo com o documento, Marrocos lamenta esta decisão que considera “completamente injustificada mas esperada”, tendo em linha a lógica de escalada observada nas últimas semanas, e o seu impacto sobre o povo argelino.
O Reino de Marrocos “rejeita categoricamente os pretextos espúrios, mesmo absurdos, que lhe são subjacentes”, e sustenta que “continuará a ser um parceiro credível e leal para o povo argelino e continuará a agir, com sabedoria e responsabilidade, para o desenvolvimento de relações intermagrebinas saudáveis e frutuosas”.
Entretanto, o ministro argelino das Relações Exteriores, Ramtane Lamamra, justificou que o seu país rompeu relações com Marrocos, devido às “acções hostis” do país vizinho.
“A Argélia decidiu romper relações diplomáticas com o reino do Marrocos a partir de hoje”, declarou o ministro em conferência de imprensa, insistindo que “a história provou que o reino do Marrocos nunca parou de promover acções hostis contra a Argélia”.
AMamanra disse ainda que as autoridades marroquinas “são responsáveis pelas repetidas crises, que têm se agravado” e que “levam ao conflito ao invés da integração na região” do Magreb.
O Alto Conselho de Segurança argelino, presidido pelo presidente Abdelmadjid Tebboune, decidiu na última quarta-feira “revisar” as relações com Marrocos, acusado de estar envolvido nos incêndios que arrasaram o Norte do país.
“Os actos hostis incessantes promovidos por Marrocos contra a Argélia exigiram a revisão das relações entre ambos os países e a intensificação dos controles de segurança nas fronteiras ocidentais”, disse um comunicado oficial argelino.