Produção de petróleo com ligeiro aumento trimestral

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A produção angolana de petróleo registou um ligeiro crescimento de 0,11 por cento no segundo trimestre deste ano, face ao período anterior, aumentando para 97,998 milhões de barris, segundo dados apresentados pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), ontem, em Luanda.

O valor das exportações no segundo trimestre situou-se em 6 725 milhões de dólares (cerca de 4,2 biliões de kwanzas), de acordo com os números apresentados pelo chefe de Departamento do Gabinete  de Estudos e Planeamento e Estatística (GEPE) do MIREMPET.

Alain Tonha adiantou que, no período em análise, o preço médio teve um aumento de 11,25 por cento face ao primeiro trimestre, ao mesmo tempo que ascendeu 151,85 por cento em relação ao período homólogo de 2020.

O preço das ramas angolanas atingiu, no segundo trimestre de 2021, um mínimo de 60,620 dólares e um máximo de 76,499 dólares por barril, tendo alcançado a média trimestral de 68,625 dólares.

O chefe de Departamento notou que o país registou, igualmente, uma queda do volume de exportações de 13,89 por cento em relação ao período homólogo de 2020.

De Abril a Junho, os preços do Brent, petróleo de referência para as exportações angolanas, foram influenciados pelos cortes de produção da OPEP e associados (OPEP+), pela recuperação da economia global e aumento da procura a nível mundial, bem como pelo resultado da acção global de vacinação contra a Covid-19.

O chefe de Departamento do GEPE informou que as exportações desse período corresponderam a 1,088 milhões de barris por dia, resultando, ao fim do segundo trimestre, um total de 97,998 milhões de barris de petróleo bruto.

Do volume total exportado, 22,52 por cento representam a quora da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a concessionária, e 17,01 por cento pertence à Sonangol.

Entre as companhias internacionais que operaram em Angola destacam-se as quotas da Total (13,69 por cento), Esso (9,66 por cento), Chevron (7,60 por cernto), ENI e BP com  7,37 e 6,84 por cento, respectivamente.

 Exportações e importações

Alain Tonha disse que as exportações foram para a China, o principal destino do petróleo angolano naquele trimestre, absorvendo 72,84 por cento do total das remessesas do país, seguida pela Índia, com 5,85 por cento, e a Singapura com 3,88 por cento.

Ao nível da Europa, a Itália, com 2,82 por cento, e Portugal, com 0,96 por cento, figuram, igualmente, entre os destinos do petróleo angolano nos meses de Abril, Maio e Junho de 2021.

O país registou, nesse período, uma redução da importação de produtos derivados do petróleo, fixando-se em mais de 682 toneladas métricas, contra os mais de 766 toneladas métricas do trimestre anterior do mesmo ano.

Apesar da redução, os gastos com importação de produtos derivados de petróleo conheceu, no segundo trimestre de 2021 uma subida em mais de 50 milhões de dólares, fixando-se acima dos 407 milhões de dólares, quando, no trimestre anterior, era acima de 356 milhões de dólares.

Em declarações à imprensa, no fim da apresentação, o secretário de Estado para o Petróleo, Alexandre Barroso, reconheceu a tendência decrescente na produção petrolífera, declarando que o Executivo continua empenhado em adoptar medidas concretas para reverter o quadro de declínio.

“Estamos a tomar uma série de medidas que passam por aumentar o número de sondas de perfuração para obter nova produção e, também, por planos de manutenção das instalações, que já está atrasada, mas temos os meios e programas prontos para se avançar com a manutenção preventiva, que vai permitir melhorar os níveis da produção, disse o secretário de Estado.

Fonte:JA

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