O Ministério da Saúde continua a trabalhar com o Governo Provincial da Huíla para garantir que não volte a haver ruptura de stocks dos materiais necessários para fazer a diálise naquela província, garantiu, ontem, em Luanda, a ministra Sílvia Lutucuta.
A governante deu a garantia à imprensa, no final da 7ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, quando questionada sobre as razões da ruptura de stocks de insumos para a diálise, registada, na segunda-feira, na Huíla.
A ministra afirmou que o Estado tem na lista das prioridades do sector da Saúde a garantia de assistência médica e medicamentosa de qualidade. Esta garantia, reconheceu, também tem de ser dada aos doentes com insuficiência renal.
Neste sentido, referiu que o Ministério da Saúde tem estado a fazer um esforço no sentido de garantir que as unidades sanitárias públicas, e não só, consigam prestar aquele serviço a todos os utentes. “Não temos este serviço em todas as províncias, mas, por esta altura, já temos centros públicos regionais”, sublinhou.
No caso particular da Huíla, Sílvia Lutucuta disse ter havido um atraso no fornecimento do material para a diálise, que são produzidos apenas no exterior do país.
Afirmou, entretanto, que tudo foi feito para que o tempo entre as diálises não se prolongasse. “Tão logo tivemos conhecimento da situação, na segunda-feira, começamos a trabalhar com o governo local, que já tinha iniciado esforços no sentido de ultrapassar a situação.
E, nas primeiras horas de terça-feira, já lá estava todo o material necessário para garantir a diálise dos doentes”, assegurou.
Segundo a ministra, ainda ontem os doentes começaram a ser dialisados. Além de continuar a trabalhar com o Governo Provincial da Huíla no sentido de garantir que não volte a haver ruptura de stocks, o Ministério da Saúde também está a monitorizar todo o processo.
Condições para a reprodução humana
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou, ontem, em Luanda, estarem a ser criadas as condições técnicas e humanas para garantir que o processo de reprodução humana medicamente assistida no país comece a partir do próximo ano.
Ao pronunciar-se, à imprensa, sobre a aprovação, pelo Parlamento, da Lei de Reprodução Humana Medicamente Assistida, Sílvia Lutucuta manifestou o regozijo do sector da Saúde com a aprovação do diploma, uma vez que há, no país, um milhão de casais com infertilidade e com todos os transtornos sociais e psicológicos que o problema envolve.
Questionada sobre se o país tem quadros formados para a reprodução humana medicamente assistida, a ministra disse que a formação já começou há algum tempo, porque a proposta de lei já vinha a ser discutida há alguns anos. “Já naquela altura, tínhamos como prioridade a formação de quadros neste domínio. Temos já alguns quadros com formação neste domínio”, garantiu.
Em termos de infra-estruturas, informou que está a ser concluído o Centro Materno-infantil de Camama, que além de maternidade, vai servir para tratamento pediátrico de referência nacional. Nas contas está, também, a Maternidade Lucrécia Paím.
“Estamos a criar as condições para, no futuro, podermos fazer este tipo de tratamento, quer de baixa complexidade, como de alta, como a fertilização invitro”, assegurou.
Fonte:JA