BAI Sicasal Petro detém hegemonia no ciclismo

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A Continental BAI Sicasal Petro de Luanda conservou o domínio no ciclismo na capital, com a conquista do Campeonato Provincial, disputado de sexta-feira a domingo, na estrada da Muxima, em três etapas, num total de 217 kms, cujo grande destaque foi a prestação de Euclides Chingui, Sub-23 dos Amadores do Cicloturismo (ACT), no contra-relógio individual (CRI).

Surpreendidos no primeiro dia de provas, pelo registo canhão do jovem talento lapidado por Márcio Mucanza “Guevara”, antiga referência da modalidade no país, os tricolores às ordens de Carlos Araújo puxaram dos galões nas etapas seguintes. Responderam aos 31:37 minutos que deram o título do CRI a Chingui, com o registo de 1:04:57 horas, no contra-relógio por equipas (CRE), tempo 2:26 minutos mais rápido em relação à marca dos ACT, 1:06:31, no segundo lugar, enquanto a Tchaco Cycling Team (TCT), 1:10:03, fechou o pódio.

Domingo, na exigente tirada de fundo, face à dificuldade acrescida imposta pelo relevo da zona da Muxima, que no percurso de 140 kms do Provincial de Luanda os ciclistas seguem primeiro pela estrada de Cabo Ledo, antes de descerem para o Santuário, o Petro voltou a dar cartas, ao ocupar as sete primeiras posições, à chegada à meta, na Aldeia 107, após 03:33:17 horas de competição.
Adilson Zacarias foi o vencedor da etapa, escoltado por Gabriel Cole e Bruno Araújo. Hélder Silva (+6:05 minutos), Mário de Carvalho (+6:05), Cruz Tuto (+9:01) e Daniel Paiva (+9:14) completaram o domínio da “armada” petrolífera, seguidos por Eugénio Pina, Sub-23 da TCT, que superou no corte de meta Massivi Mawete, Hélvio Lemos e Euclides Chingui, todos do ACT.

Agitação nos masters
A prova de fundo dos masters, disputada numa distância de 100 kms, novamente separada dos Elites, Sub-23 e Juniores, voltou a ser agitada por Márcio Guevara, que cedo recusou a proposta do denominado “passeio romântico”, uma espécie de corrida pacífica, com poucas variações de velocidade. Depois do morro da Ponte da Cabala o líder técnico dos ACT passou a comandar o ritmo.

Apenas o colega João Cavaleiro, master 30, campeão da capital de CRI e Fundo, o regressado Leonel Araújo “Nandinho” e Wagner Sousa, ambos master 30 da TCT, conseguiram resistir aos sucessivos ataques do antigo campeão nacional, consagrado no final de semana o master 40 mais combativo de Luanda.

Yuri Rosa “Wasso Wasso” e José André “Janota” (ACT) disputaram com Manuel Pereira “Caú”, do Centro de Ciclismo da Cidade do Kilamba, travaram uma disputa acesa pelo terceiro lugar dos masters 40, sob a intermediação de Paulo Garcia “Pilecas”, master 30 dos Kambas do Pedal de Luanda, e António Quinta, master 50 dos ACT, campeão provincial da especialidade na categoria, à semelhança do colega Girão Salvador, vencedor do CRI. Carla Araújo superou Zuleide Cardoso (TCT), campeã do CRI, e Francisca Teixeira (Kambas da Bicicleta), na classe feminina.

Satisfação da APCIL
No final, o presidente da Associação Provincial (APCIL), Joseph Bibiano, marinheiro de primeira viagem, por estar no início do mandato, fez um balanço positivo, por não ser fácil realizar provas no actual contexto de pandemia.

“Ter conseguido realizá-la, para mim, é um sucesso. A presença das equipas foi a cereja por cima do bolo. Comparando campeonatos passados com este, melhorámos em termos de tempos, de distâncias e condições técnicas. Portanto, há evolução. Comparando com o que temos estados a realizar durante o ano, houve em todos os tipos de provas melhores tempos. O sucesso e a qualidade que queríamos conseguimos atingir nesta prova”.

O dirigente associativo, que contou com o suporte técnico da Orped Angola de Bruno Casimiro, apoiado pela Jetour, identificou margens de crescimento da modalidade.

“Felizmente ficou evidente que temos pelo menos mais duas forças, que ao longo deste ano, com uma boa estruturação, um bom acompanhamento, vão dar força competitiva e fazer com que o Petro de Luanda não se sinta dono e senhor do ciclismo”, assumiu, antes de avançar os próximos desafios.

“Pensamos realizar mais uma prova, que será pela primeira vez o Campeonato Provincial de BBT. Estamos a trabalhar para que aconteçam as provas de XCO, XCM e a Maratona, em Outubro, no Zango”.
Carlos Araújo avaliou por cima o nível técnico da prova.

“Conseguimos atingir médias de velocidade dentro daquilo que era o nosso objectivo. Tínhamos tudo para fazer media de 42 kms/hora, em função do CRI, com o grupo perseguidor aí na media dos 40 kms/hora. Os ciclistas das outras equipas forçaram-se bastante no CRI e no CRE. Hoje (domingo) ressentiram. O ciclismo luandense realmente esta a crescer, em todas as vertentes.

Isso é bom. Começa a ter resultados equiparados aos de qualquer outro país africano que tenha um bom ciclismo. Já estamos no topo em África. Dou os meus parabéns a todas as equipas e atletas que estiveram presentes. Realmente as performances do CRI e CRE foram bastante satisfatórias”.

O técnico petrolífero insistiu na entrega dos atletas, dado o equilíbrio das equipas. “Basta ver a média de velocidade do BAI Sicasal Petro de Luanda, no CRE. Foi de 49 kms/hora. Os ACT fizeram media de 47 e a Tchaco 45. São medias de alto nível. Não sei qual foi a do Campeonato Provincial de Benguela. Começamos a ver que as equipas de Benguela estagnaram. Talvez seja por causa das condições. Estamos a ver a situação que estamos a viver. Mas o verdadeiro Campeonato Nacional foi agora. Isso sim!”

Fonte:JA

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