“País continua atractivo para o investimento petrolífero”

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Angola continua a ser um destino de investimento lucrativo e a atrair atenção internacional significativa no domínio da produção energética, considera a companhia de consultoria Energy Capital and Power (ECP), que promove, nos dias 8 a 9 de Setembro, em Luanda, a Conferência Angola Oil & Gas (AOG) 2021.

A declaração está inserta numa entrevista da presidente da ECP, Kelly-Ann Mealia, publicada, ontem, no site da companhia, onde partilha ideias de como Angola está a posicionar-se como um destino de investimento, o papel do gás natural na transição energética e o valor da conferência na aceleração do crescimento do sector de energia por meio de parcerias.

De acordo com Kelly-Ann Mealia, o que atrai os investidores ao mercado angolano não são apenas as reservas comprovadas de mais de 8,2 mil milhões de barris de petróleo, mas, também, as décadas de experiência na indústria e campanhas de exploração em curso que geram uma atenção global crescente.

A presidente da ECP declara, como fundamental para a atractividade do mercado angolano, a implementação da Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos revista 2020-2025, projectada para incentivar a substituição de reservas e mitigar o declínio da produção de petróleo e gás, algo que incorpora o lançamento de uma rodada de licitação de nove blocos em terra.

“O Governo está a acelerar a exploração de petróleo e gás após a pandemia da Covid-19” e à procura, de forma activa, de investimento no sector upstream, mantendo “uma posição forte sobre o papel dos combustíveis fósseis no futuro energético de África”.

Além disso, acrescentou, apesar de ser um grande produtor de petróleo, Angola detém muito pouca capacidade de refinação e importa cerca de 80 por cento dos refinados, Mas o Governo e a Sonangol redireccionaram a  atenção para o sector a jusante, com planos de expandir a Refinaria de Luanda e construir três novas refinarias, no Lobito, Cabinda e Soyo.

Após a conclusão, Angola pretende ter uma capacidade de refinação de 400 mil barris por dia, o suficiente para abastecer o mercado interno, bem como exportar para os mercados regionais.
 
Energias limpas

Num outro desenvolvimento, o Governo está-se a voltar para o gás natural para diversificar a matriz energética e facilitar uma transição para fontes de combustível mais limpas, aumentando os gastos neste domínio, com maior aposta nos projectos de energia solar.

O país, nota Kally-Ann Mealia, “tem 11 biliões de pés cúbicos de reservas comprovadas de gás natural e, com as políticas certas e investimentos adequados, pode beneficiar significativamente com a transição energética”.

De acordo com a presidente da ECP, o Ministério dos Recursos Minerais,  Petróleo e Gás, numa tentativa de monetizar recursos e impulsionar o crescimento socioeconómico, direccionou o foco para “gas to power” (transformação de gás em electricidade) e infra-estrutura associada ao “downstream”.

“Desenvolvimentos como o Projecto de Gás Natural Liquefeito (Angola LNG), um dos maiores do continente, e a central de gás natural de ciclo combinado de 750 megawatts do Soyo realçam o papel que o gás natural continua a desempenhar na transição energética de Angola”, assinala a responsável.

Sob o tema “O Roteiro para a Regeneração e Crescimento”, a conferência que a ECP tem agendada para Luanda, em Setembro, vai destacar estes esforços do país “para fazer crescer a indústria de petróleo e gás numa era pós-pandémica”, anuncia a líder da empresa de coonsultoria.

Kelly-Ann Mealia realça que o valor do AOG 2021 foi reafirmado com a entrada da Sonangol como patrocinador oficial, posicionando ainda mais ao evento como a principal conferência de energia do país.

Fonte:JA

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