A produção de água tratada em Cabinda registou um decréscimo considerável, nos últimos meses, passando dos anteriores 45 mil metros cúbicos por dia para 18 mil metros cúbicos, devido à degradação da maior parte dos sistemas de tratamento.
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Água de Cabinda (EPAC), João Baptista Franque, afirmou que a instituição está a envidar esforços para recuperar os níveis de produção anteriores, no intuito de pelo menos tentar atingir a cifra de 35 mil metros cúbicos.
Referiu que a recuperação dos níveis de produção de água passa, necessariamente, numa profunda reabilitação de todos os sistemas de tratamento da província com o tempo de vida já vencido.
João Baptista Franque referiu que as obras de recuperação ou de renovação dos sistemas são a única saída para se elevar os níveis de produção de água e, com isso, estabelecer-se um abastecimento ininterrupto às populações.
Sobre a inoperância e consequente degradação dos sistemas de tratamento de água, o PCA citou as ETA do Malembo, que estão muito degradadas e que requerem obras de renovação, e a antiga ETA do Lucola, que possuía uma capacidade de produção de 400 metros cúbicos de água por hora.
Apesar dos esforços que a EPAC tem estado a envidar para elevar os níveis de produção, o PCA assegura que a solução não será a curto prazo. Por isso, como alternativa aponta a entrada em funcionamento da ETA do Sassa-Zau, que tem uma capacidade de produção de 51 mil metros cúbicos por dia.
A ETA de Sassa-Zau é um mega projecto que o Executivo está a implementar, há cerca de cinco anos, na província de Cabinda, para resolver, em definitivo, o problema de abastecimento de água à capital da província e à vila de Cacongo.
A estação, com fonte de captação a Bacia Hidrográfica do Chiloango, está com as obras em fase final de execução e vão custar aos cofres do Estado 88 milhões de dólares.
Além da fonte de captação e tratamento, a referida estação vai ter uma rede de distribuição de alta e média pressão e 24 mil novas ligações domiciliares.
Com a entrada desta ETA, João Baptista Franque disse ser necessário um grande investimento no domínio da rede domiciliar, no intuito de se aumentar a rede de ligação, com instalação de torneiras de quintal, predial e fontenários e o cadastramento de mais consumidores.
Fonte:JA