A secretária executiva do Conselho Nacional da Acção Social aconselhou, na cidade do Huambo, no sentido de as famílias terem a cultura de denúncia de casos de abuso e violência contra menores, alguns dos quais no seio familiar.
Maria Luzia Dumbo, que falava, sexta-feira, na apresentação do projecto “Município amigo da criança”, no encontro provincial sobre objectivos, estratégias e im-plementação dos onze compromissos a favor da criança, afirmou que a denúncia é a melhor maneira de se proteger os menores que são abusados.
“É notório que a violação contra a criança é feita por pessoas próximas. Por isso, as instituições parceiras devem continuar a primar pela sensibilização das famílias, no sentido de desencorajar esta prática”, salientou, acrescentando que quanto maior forem os casos de violência mais serão “as crianças de rua e na rua a mendigar”.
A situação da vulnerabilidade da criança no país, reforçou, deve ser encarada por todos.
Ao intervir no acto, o vice-governador do Huambo para o Sector Político, Económico e Social, Francisco Jamba Kata, disse que a dinamização dos agentes sociais vai permitir reforçar o combate à violência infanto-juvenil, proporcionando um ambiente saudável para o bem-estar das comunidades.
“Preocupa-nos o facto de alguns adultos primam por actos negativos, isso deve servir de reflexão por parte de todos, mudando o quadro que se vive e ensinar a criança os caminhos certos”, defendeu.
O papel individual e colectivo de todas as forças da sociedade, reiterou, continua a ser a base de todos os esforços para o cumprimento escrupuloso dos 11 compromissos a favor das crianças e esperança de vida ao nascer, com a implementação de programas que visam diminuir a mortalidade materno-infantil.
No encontro, que visou também para a revitalização do Instituto Nacional da Criança, foram abordados temas ligados à estruturação e funcionamento do Conselho Provincial da Acção Social, instrumentos internacionais sobre os direitos da criança, ratificados por Angola, os 11 compromissos a favor das crianças nos municípios e os direitos da criança e os fluxos de atendimento à criança vítima de violência.
Fonte:JA