O Sagrada Esperança foi incapaz de confirmar o favoritismo teórico que lhe era atribuído e deixou escapar a oportunidade de se distanciar na liderança do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão, Girabola 2020/2021, ao perder, ontem, no Huambo, frente ao Recreativo da Caála, por 1-0, em partida a contar para a 28ª jornada.
Cientes da importância máxima de garantir os três pontos e encurtar o caminho para o título, no jogo de maior cartaz da jornada, os pupilos de Roque Sapiri entraram a fustigar o último reduto contrário, com maior volume de jogo ofensivo, sem, no entanto, criar muito perigo.
Puxado pelo seu público, aos poucos, os donos de casa conseguiram sacudir a pressão imposta pelos “forasteiros” e equilibraram a tendência. O balde de água fria para os diamantíferos surgiu à passagem do minuto 19, quando o avançado da Caála Depu concluiu de cabeça um cruzamento, na sequência de um livre.
O contratempo levou o técnico “lunda” a mexer no xadrez da equipa, de modo a dar maior rigor ofensivo. Mas, encontrou sempre o último reduto contrário bem organizado. Os “caalenses” inviabilizaram todas as investidas do conjunto diamantífero, quer pelas alas, quer pelo corredor central.
O mesmo jogador teve oportunidades para bisar e dilatar a vantagem, mas faltou algum discernimento na hora da finalização. A oportunidade mais clara do Sagrada Esperança aconteceu a 13 minutos do final, por intermédio de Jó Paciência, que, com o guarda-redes adversário, praticamente no ângulo contrário, acabou por rematar para fora.
Apesar da derrota, o Sagrada Esperança mantém-se líder, com os mesmo 64 pontos que o segundo classificado, o Petro de Luanda.
Petro empata
Também ontem, no Estádio 11 de Novembro, os “petrolíferos” viram interrompido o percurso de nove vitórias consecutivas, ao empatarem com o FC Cuando Cubango, um dos aflitos na tabela de classificação. O zero a zero reflecte o velho adágio desportivo segundo o qual “não existem vencedores antecipados”.
O golo de Depu foi efusivamente comemorado pelos adeptos do Eixo Viário, nas bancadas da nova catedral do Futebol Nacional. A comemoração não passou despercebida aos intervenientes no rectângulo de jogo. A posição de desvantagem do mais directo opositor teve o efeito contrário, com alguma ansiedade em querer resolver o jogo.
No entanto, a posição pouco confortável levou a formação de Menongue a fazer contas à vida e aplicar uma defesa praticamente intransponível, apesar das inúmeras investidas da equipa com o rótulo de “demolidora” nas últimas nove jornadas.
Alterações foram feitas, como era de se esperar. O Petro apostou tudo, com a entrada de mais dois avançados. Ainda assim, a estratégia defensiva do Cundo Cubango mostrou-se mais eficiente.
Perto do fim, Landinho fez um remate, mas foi respondido com uma defesa, acabando a bola por embater no travessão. Além de não ter tido argumentos tácticos para confirmar o favoritismo teórico, os pupilos de Mateus Agostinho “Bodunha” não souberam aproveitar a escorregadela do Sagrada na vila da Caála e tomar de assalto a liderança.
Com os resultados “imprevisíveis” dos principais candidatos ao ceptro, tudo indica que diamantíferos e petrolíferos vão decidir a questão do título apenas na jornada derradeira (30ª), entre os dois contendores.
D’Agosto vitorioso
O 1º de Agosto regressou às vitórias. Os militares foram ao reduto do Sporting de Cabinda golear aos Leões do Norte, por 4-0, e, deste modo, consolidou a terceira posição na tabela.
No Estádio 22 de Junho, o Interclube não teve argumentos para evitar o empate nulo, diante do Recreativo do Libolo. A jornada foi aberta sábado, com os desafios Progresso-Desportivo da Huíla (2-1) e Académica do Lobito-Ferrovia do Huambo (0-0), prosseguindo, com Williete de Benguela-Bravos do Maquis (2-2) e Santa Rita-Baixa de Cassanje (2-0).
Fonte:JA