Ribeiro Telles: “Cimeira de Luanda é um ponto de viragem”

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o secretário executivo cessante da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, considerou que a Cimeira de Luanda, que acontece hoje, vai ser um “ponto de viragem para a própria organização”.

Em declarações à imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros da CPLP, o diplomata português realçou que a organização tem desafios muito importantes pela frente, acrescentando que o encontro de Chefes de Estado e de Governo, hoje, em Luanda, representa um ponto de viragem porque, finalmente, há um acordo sobre mobilidade que deve ser operacionalizado o mais depressa possível.
Disse, ainda, que, com a Cimeira de Luanda, a CPLP vai caminhar para uma nova dimensão, “a dimensão económica e empresarial”. “É importante que essa dimensão venha dar frutos a curto prazo”, defendeu Ribeiro Telles, sublinhando que as empresas e os homens de negócios, assim como as agências, quererem que a CPLP funcione, também, como um espaço económico.Observadores associados                                                                                                   Francisco Ribeiro Teles referiu-se, igualmente, ao que a Cimeira de Luanda vai marcar em termos do aumento de observadores associados da CPLP.
Lembrou que, em 2014, a organização tinha três observadores associados, mas, depois do encontro de hoje, em Luanda, terá mais de 30.”Claro que isto é uma mudança de paradigma em relação a este desiderato”, observou Ribeiro Telles. “Temos que nos adaptar a esta nova realidade, de forma a ver até que ponto a CPLP pode ser útil a esses países e como os mesmos podem ser úteis a CPLP”, referiu.Insistiu que há um esforço e uma reflexão que têm de ser feitos para que, no final, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa,  assim como os países observadores, possam retirar vantagens desta colaboração.
Um outro aspecto, referiu, é a visibilidade internacional que a CPLP vai tendo nas organizações internacionais. “Durante este mandato, foram celebrados acordos e memorandos de entendimento com a União Europeia e outras organizações, como a OCEAP, que tem à frente um cidadão angolano”, destacou.
“O facto de, nos próximos anos, o Brasil, Moçambique e depois Portugal virem a ser membros não-permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por sinal o órgão mais importante da ONU, confere uma voz acrescida que a CPLP pode ter na comunidade internacional”, disse.
Francisco Ribeiro Telles foi embaixador de Portugal em Angola, onde vai passar o testemunho de secretariado executivo da CPLP para o candidato proposto por Timor-Leste. O acto acontece numa altura em que a organização celebra o 25º aniversário.O diplomata português afirmou guardar “óptimas recordações de Angola”. “Passei aqui bons momentos. Regressar a Angola, assim como estar em Cabo Verde, onde (também) já fui embaixador, são muito importantes para mim e não deixa de ter esse simbolismo para fazer agora a transferência do secretariado executivo”, disse.

Fonte:JA

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