População tem alto nível de fecundidade

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Angola, com uma taxa de fecundidade total de 6,2 filhos por mulher, está na categoria de países com fertilidade elevada, segundo dados do Relatório da Directriz do Plano Nacional da População, apresentado quinta-feira, em Luanda.

De acordo com o documento, a população angolana tem experimentado um grande crescimento, resultado de um alto nível de fecundidade, independentemente dos efeitos causados pela guerra antes e depois da Independência de Angola.
O relatório realça que a transição demográfica pode ser definida como o ponto em que as taxas de natalidade e mortalidade mudam de um nível elevado para um nível baixo.

Para explicar o facto, o representante do Fundo das Nações Unidas da População (FNUAP) em Angola, Mady Biaye, realçou que este é um processo que todos os países experimentaram ou hão de passar durante o seu desenvolvimento, visto ser, também, uma transição educativa e de emancipação.
Noutro quesito, o relatório refere que a diferença entre o emprego e população com mais de 15 anos, até 2024, será de 12,1 por cento dos indicadores estimados para o período da projecção.

Realça ainda o documento que a análise da posição de Angola na transição demográfica é essencial para compreender o potencial de mudanças na estrutura etária, com vista a alcançar a janela de oportunidades.
O secretario de Estado do Planeamento, Nilton Reis, afirmou que os dados apresentados mostram que o crescimento da população depende das variações ocorridas nas três componentes da dinâmica da população (mortalidade, natalidade e migração), onde a mortalidade, não sendo selectiva, deixa de interferir na estrutura etária e sexual.

No ano 2014, realizou-se o primeiro recenseamento depois da Independência do país. Este censo determinou que Angola tinha uma população total de 25.789.024 habitantes, sendo 12.499.041 homens e 13.289.983 mulheres, na sua maioria, jovem.
Nilton Reis realçou que o país tem dado respostas aos compromissos internacionais adoptados na Cimeira de Addis-Abeba Sobre a População e Desenvolvimento no Continente Africano, em 2014.

O secretário de Estado realçou que a União Africana estabeleceu quatro pilares para que os países do continente possam potenciar a população economicamente activa no empreendedorismo, emprego, educação, saúde e direito de governança dos jovens.
“As reformas económicas, incluindo a criação de empregos dignos, e de ambiente propício ao funcionamento do sector privado, bem como a melhoria da competitividade na actividade empresarial são ingredientes fundamentais para conseguirmos a transformação socioeconómica”, considerou Nilton Reis.

Fonte:JA

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