30 por cento de crianças está fora das salas de aula

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Cerca de 32 por cento de crianças em idade escolar está fora do sistema de ensino e aprendizagem, disse, on-tem, em Luanda, o director nacional de quadros do Ministério da Educação.

Caetano Domingos, que falava durante a abertura da I Conferência Nacional Sobre Sindicalismo e Educação de Qualidade, promovida pelo Sindicato Nacional de Professores (SINPROF),  defendeu a formação contínua dos docentes, visando a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Reconheceu, por outro lado, que ainda muito precisa ser feito, para que todos recebam uma educação de qualidade, livre de desigualdades e de forma acessível, sendo essencial que as instituições e os cidadãos se empenhem na tarefa de promover esse direito da forma mais abrangente possível, de maneira a qualificar professores, universalizando o acesso à educação, fornecer a infra-estrutura necessária, bem como incentivar a formação do aluno como profissional e cidadão. 

Segundo o director nacional de quadros do Ministério da Educação, outra prioridade prende-se com a capacitação dos
gestores escolares, para lidar com a nova abordagem da escola em contexto da Covid-19, dando-lhes ferramentas que coloquem a sua acção em prol da defesa da vida e da transmissão do conhecimento.

Caetano Domingos reafirmou o engajamento do Ministério da Educação na criação de mais oportunidades para o acesso das crianças à escola e uma educação de qualidade, investindo nos recursos necessários e indispensáveis.   

SIMPROF defende maior orçamento 


O Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) defende maior parcela do Orçamento Geral do Estado (OGE) ao sector da Educação, para a melhoria da sua qualidade.

O anúncio foi feito, ontem, em Luanda, pelo presidente do SINPROF, Guilherme Silva, durante a I Conferência Nacional sobre Sindicalismo e Educação de Qualidade, em alusão aos 25 anos da instituição.

Guilherme Silva diz ser necessário um aumento igual ou superior a 20 por cento do OGE, para que o sector da Educação deixe de estar aquém dos objectivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas. 

“Estamos longe da qualidade, porque ainda temos muitas crianças na 6ª classe que mal sabem ler ou escrever, devido a políticas públicas erradas e mal concebidas, que devem ser corrigidas”, disse, acrescentando que milhares de professores foram recrutados, muitos deles sem a qualificação necessária.

Guilherme Silva aponta a falta de qualidade dos materiais e erros nos manuais de ensino primário como factores que contribuem para a má qualidade da educação.

O sindicalista disse esperar que, com a comissão criada para a produção e reedição dos manuais no país, possa haver maior acesso dos mesmos.

Segundo o sindicalista, o excesso do número de alunos em salas de aula é também uma problemática que deve ser resolvida. “Há turmas com 70, 80 ou 120 alunos no ensino primário, coisa impensável quando se pretende qualidade no sector”. 

Guilherme Silva deu a conhecer que, universalmente, as turmas devem ter, no mínimo, 30 alunos ou 25, se forem crianças com necessidades especiais.

Apontou, ainda, a melhoria dos salários, bem como de subsídios para os professores que trabalham em áreas recônditas, como factores motivacionais para a melhoria do sector. 

Fonte:JA

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