Ministra apela à investigação científica para melhorar saúde

0
194

As instituições de ensino, investigação científica e extensão universitária foram, ontem, chamadas a contribuir, cada vez mais, para o reforço dos seus programas e a criarem mecanismos que ajudem na melhoria significativa do sector da Saúde Pública no país.

O apelo foi feito, em Luanda, pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, durante o encerramento do I Congresso Internacional de Medicina da Universidade Privada de Angola (UPRA), que decorreu sob o lema “Os Desafios da Saúde Pública em Angola”.

Maria do Rosário Sambo elogiou a iniciativa da UPRA, tendo garantido apoio do Ministério, para a concretização do repto lançado no Congresso, para a realização de um encontro das Escolas de Medicina dos Países de Língua Portuguesa.

“E cabe à UPRA, como organizadora do Congresso, criar bases para que este encontro aconteça, visando a troca de experiências com outras instituições de prestígio e absorção de conhecimentos por parte dos profissionais e estudantes de Saúde”, realçou.A ministra realçou que muitos países economicamente desenvolvidos viram os seus sistemas de Saúde, aparentemente robustos, a fracassarem, devido à pressão exercida pela pandemia da Covid-19. 

Por isso, disse esperar que as conclusões saídas nos dois dias de Congresso, relacionadas com a pandemia da Covid-19, possam ter reflexo na melhoria e no reforço dos conhecimentos e competências dos profissionais, através do aumento da literacia de saúde.Maria do Rosário do Sambo considerou que o Congresso Internacional de Medicina deve ser encarado como uma excelente oportunidade de reforço e ampliação das relações entre os diversos profissionais de saúde, docentes e discentes das várias instituições da área das ciências médicas em Angola, Brasil, Portugal e Cuba.
Recomendações do Congresso

Depois de dois dias de Congresso, que reuniu mais de 20 especialistas dos países acima citados, foi recomendada a realização de estudos epidemiológicos para determinar a sua magnitude de principais doenças que afectam a população e a implementação de medidas preventivas, controlo e assegurar-se o acesso gratuito ou comparticipado à assistência médica e medicamentosa.Os participantes ao evento recomendaram, ainda, que seja criada uma rede de doenças tropicais e medicinais do viajante em português, com vista à garantia da colaboração com as congéneres europeias, americanas ou africanas.

Em relação à perspectiva da Saúde Pública, tema que norteou o Congresso, foi recomendado o fortalecimento do sistema de vigilância epidemiológica, laboratorial e genómica, bem como a observância dos aspectos éticos, bioéticos e deontológicos por parte das diferentes áreas de forma multissectorial com base na filosofia de uma só saúde.

Ainda sobre os desafios da Saúde Pública no país, concluiu-se que Angola debate-se com o duplo fardo das doenças endémicas transmissíveis e não transmissíveis, onde a malária continua a ser a primeira causa de morte, agravada pela falta de um saneamento básico condigno.

Relativamente ao tema “Educação Médica”, considerou-se que é um tema multifacetado, em que, pela essência médica, busca um grandioso equilíbrio entre a arte e ciência, exigindo dos países a adopção de medidas concretas para a formação de médicos qualificados.

No âmbito da cooperação internacional e soluções concretas em épocas de pandemia, os participantes ao Congresso Internacional de Medicina recomendou que os países criem e adoptem uma base regulamentar sólida capaz de garantir o acesso aos fundos e financiamentos externos.

Fonte:JA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui