Pelo menos, 11 pessoas, na sua maioria crianças, morreram afogadas em rios e cacimbas dos municípios de Menongue, Cuito Cuanavale, Calai, Nancova e Dirico, na província do Cuando Cubango, durante o primeiro semestre deste ano, revelou, ontem, o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
Júlio Muliata explicou que cinco casos foram registados em Menongue, dois no Cuito Cuanavale e igual número no Calai e em Nancova, e um em Dirico.
O porta-voz referiu que, durante o ano 2020, houve o registo de 37 casos de afogamentos, que causaram 35 óbitos e duas pessoas salvas, dos quais 23 ocorridos em Menongue, cinco no Cuito Cuanavale, quatro no Calai, dois no Cuchi e um no Dirico.
Júlio Muliata fez saber que a nível da província estão controladas 9.262 cacimbas, sendo 5.900 com os requisitos necessários de segurança e 3.362 em mau estado de conservação.
O responsável realçou que outra preocupação prende-se com a atitude negativa de muitos cidadãos que arrancam ou vandalizam as placas de proibição a banhos, colocadas nas áreas de risco de afogamento e ataque de jacarés nos rios.
Júlio Muliata afirmou que, apesar desta situação, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros estão a registar, nos últimos dias, uma redução considerável de casos de afogamentos nos rios e cacimbas, fruto das campanhas de sensibilização nas comunidades, igrejas, escolas e mercados paralelos.
O porta-voz apelou os cidadãos do Cuando Cubango a continuarem a acatar as medidas de segurança nos rios e cacimbas, sobretudo, evitar, também, com que as crianças frequentem esses locais.
Fonte:JA