O director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Carlos Cambuta, defendeu, ontem, na cidade do Lubango, “a política do Executivo de cooperar com as entidades que estão comprometidas com o bem-estar nas comunidades rurais”.
Carlos Cambuta, que discursava na abertura do XXII Módulo de Formação em Desenvolvimento Comunitário (DC), dirigida a responsáveis da ADRA das províncias do Huambo, Luanda, Cunene e Huíla, disse que a situação social das populações nas comunidades “é bastante preocupante”.
“É importante cooperarmos com o Executivo na sua política que visa o bem-estar das famílias nas comunidades. A situação do país é mais preocupante nas zonas rurais, onde a taxa da pobreza multidimensional é estimada em mais de 80%, isso significa que em 10 cidadãos, nestas regiões, oito ou nove são pobres, privadas de direitos básicos como a habitação condigna, energia eléctrica, assistência médica e medicamentosa e acesso ao ensino”, frisou.
“Os indicadores de pobreza,” prosseguiu, “não decorrem da falta de recursos financeiros, mas da falta de ética de alguns gestores. Portanto, gostaríamos, no quadro das medidas de reforma do Estado, saudar os novos sinais que consideramos progressistas, como é o caso da luta contra a corrupção, pois à medida que esta ofensiva avança vai ha-vendo uma nova postura das instituições do Estado”.
A Segurança Alimentar e Nutricional, Programas de Orientação do Plano Estratégico de Mitigação dos Efeitos das Alterações Climatéricas”, Impactos e Desafios na Intervenção da ADRA, Aprofundamento do Estudo do Método de Desenvolvimento Comunitário na Perspectiva de Género, são, entre outros temas que estão a ser ministrados.
Fonte:JA