ACTIVISTAS JULGADOS POR INJÚRIA CONHECEM SENTENÇA EM JULHO

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Lubango – A sentença do julgamento de quatro activistas sociais do bairro Tchavola, município do Lubango, acusados de injúria e difamação contra o antigo governador da Huíla, Marcelino Tyipinge, em 2019, será conhecida a 16 de Julho próximo.

A sessão de julgamento, decorrida segunda-feira, teve como arguido principal o activista Francisco Jaime, nomeado há duas semanas administrador do referido bairro, assim como três outros indivíduos, entre os quais uma senhora.

Segundo a juíza da causa, Edna Bebecas, Francisco Jaime e outros três activistas são  acusados dos crimes de ultraje aos símbolos do Estado e injúrias contra as autoridades, em que é lesado o antigo governador, a quem acusam de actos de suposta má gestão e desvio do erário.

Nas alegações finais, a Procuradora da República Luísa Cabral referiu que os arguidos subscreveram e reafirmaram as  acusações que fazem.

Segundo a magistrada, nos autos, os acusados confirmam as ofensas ao ex-governador  e confirmaram terem distribuído cartas a entidades públicas e privadas como forma de publicitar as mesmas.

Destacou ainda, que os arguidos acusam o antigo governador de ser o responsável pelo suposto desvio de 43 milhões de dólares americanos da linha de crédito da China, destinado a construção de uma subestação térmica destinada a distribuição de energia eléctrica à comunidade da Tchavola.

Já o advogado do queixoso, Abraão Mulangui, considerou infundadas as acusações ao seu constituinte e espera que o julgamento sirva para repor a verdade e o “bom nome” da pessoa em causa.

Por sua vez, a advogada dos arguidos, Marina João, disse que os seus clientes estavam apenas a reclamar direitos, pois lhe foi prometido um projecto que seria realizado no bairro, mas que não chegou a ser concluído.

“Eles alegaram que possuíam verbas para tal, mostram a empresa chinesa que estaria encarregue do projecto, mas infelizmente o projecto não chegou a comunidade, eles só estão a reivindicar os seus direitos como cidadãos angolanos e como tal têm legitimidade em fazê-lo”, aludiu.

Fonte:Angop

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