O Serviço de Investigação Criminal (SIC), no Cuando Cubango, apreendeu, terça-feira, na comuna do Longa, município do Cuito Cuanavale, 713 toros de madeira. Os infractores tinham grandes quantidades da espécie Mussivi, cuja exploração está proibida.
Segundo o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Paulo de Novais, a madeira estava escondida num matagal para ser comercializada fora da província. “A apreensão foi efectuada pelo SIC, que contou com apoio de efectivos das Forças Armadas, cuja operação culminou com o descobrimento de toros escondidos em zonas com arbustos.
Paulo de Novais disse que angolanos e estrangeiros estão envolvidos nesta ilegalidade. “Os prevaricadores têm mudado o “modus operandi”: cortam a madeira, borrifam com óleo de motor usado para dar a impressão de que o produto é velho, para tentarem passar sem impedimento pelos controlos policiais”.
A nível da província, informou, é o quarto caso de apreensão de madeira registado este ano, três dos quais tiveram lugar no município do Cuito Cuanavale e um no Cuangar.
O chefe de Secção de Fiscalização do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Manuel Panzo, disse que, apesar da campanha de corte de madeira estar em curso desde Maio último, a província ainda não recebeu as licenças para distribuir aos agentes do ramo, pelo que até agora só há autorização para as empresas efectuarem a transportação do produto cortado nos anos anteriores.
Segundo o responsável, os municípios do Cuito Cuanavale, Cuchi e Menongue são os preferidos dos agentes que se dedicam ao corte ilegal de madeira, adiantando que estão criadas as condições para o leilão de 1.500 metros cúbicos de madeira apreendida, aguardando-se apenas pela presença em Menongue de uma equipa do Ministério da Agricultura para acompanhar o processo.
Fonte:JA