Os embaixadores de Angola e de Moçambique acreditados na Etiópia concertaram, ontem, em Addis-Abeba, posições sobre assuntos de natureza regional, africana e internacional.
De acordo com uma nota da representação diplomática angolana, os embaixadores Francisco José da Cruz, de Angola, e Alfredo Fabião Nuvunga, de Moçambique também abordaram a realização, hoje, em Maputo, da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A Cimeira, que vai decorrer sob o lema “40 anos construindo a paz e a segurança e promovendo o desenvolvimento e a resiliência face aos desafios globais”, tem em agenda questões sobre a resposta e apoio regional da SADC a Moçambique na luta contra o terrorismo na província de Cabo Delgado, flagelo que, na opinião dos dois diplomatas, deve ser encarado num contexto abrangente e internacional.
Segundo o embaixador de Angola, a questão do terrorismo deve fazer parte de uma agenda comum e inserir-se numa abordagem holística, de forma a conter-se o seu alastramento e erradicá-lo de África e outras partes do mundo.
Neste sentido, lembrou que durante a 33ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), ocorrida em Fevereiro de 2020, em Addis-Abeba, o Presidente de Angola, João Lourenço, apresentou uma proposta para a realização de uma cimeira extraordinária, para abordar a problemática do terrorismo em África.
Noutra vertente, os representantes permanentes dos dois países junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África falaram da importância de se aumentar a influência dos países de ex-pressão portuguesa na UA, assim como de uma permanente coordenação dos estados que compõem o grupo SADC, em assuntos relacionados com a paz e segurança.
Fonte:JA