Defendida parceria assente na união e na solidariedade

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A Conferência Interparlamentar União Europeia e África considera imperiosa a promoção de relações entre a organização europeia e o continente berço, baseadas numa relação igualitária assente em valores de união e solidariedade.

O posicionamento consta das conclusões da conferência virtual que abordou o papel do Parlamento no aprofundamento da relação União Europeia – África, que contou com a presença do presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
No final da conferência, o deputado do MPLA, Vicente Pinto de Andrade, esclareceu que  “o que se pretende a partir de agora, no quadro do Acordo pós-Cotonou é uma parceria a sério entre as duas partes, a União Europeia e a África, Caraíbas e o Pacífico”.”Há uma alteração profunda no modo de trabalhar e contribuir para o desenvolvimento das duas grandes regiões, que é a questão da integração dos parlamentos”, sublinhou.
Segundo o deputado, pela primeira vez, os parlamentos vão participar no processo, um trabalho outrora remetido aos governos. “Com o envolvimento dos parlamentos há uma maior representatividade das populações e até das perspectivas que cada país tem”, disse.No final do encontro, os participantes defenderam a intensificação da cooperação entre estes dois blocos.

Consideram imperioso intensificar as relações entre a União Europeia e a África, atendendo a proximidade entre continentes e os interesses comuns partilhados. Reconheceram também que o desenvolvimento e o aprofundamento das relações entre a União Europeia e a África constitui uma das prioridades da União Europeia.
Mo Ibrahim
Na ocasião, o empresário Mohamed Mo Ibrahim defendeu que o continente africano deve produzir as suas próprias vacinas. “É inaceitável que 1,2 mil milhões de pessoas fiquem à espera da amabilidade, isto não é realista”, disse.Mo Ibrahim lamentou, ainda, o facto de 98 por cento dos medicamentos em África serem importados. “É possível importar 98 por cento destes bens tão estratégicos?”, questionou. O empresário defendeu a adopção de um modelo de desenvolvimento mais resiliente e diversificado e uma aposta em áreas específicas, como a digital.
“É necessário investimentos que criem emprego em África, tendo em conta a juventude, a força fundamental do continente”, sublinhou.No seu entender, “se os jovens não tiverem um emprego vão acabar em gangues criminosas ou então embarcar para o Mediterrâneo, algo que não queremos”.  “Precisamos ser sérios nas nossas palavras de ordem”, concluiu. 

Fonte:JA

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