Falta de reembolsos condiciona novos créditos

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A falta de reembolsos das prestações referentes aos créditos que muitos empreendedores beneficiaram em alguns bancos comerciais, sediados na província do Uíge, é apontada como a principal condicionante para a cedência de novos financiamentos.

A directora de micro-crédito do Banco Sol, Maria Celeste, disse que apesar da falta reembolso dos créditos já concedidos, o banco dispõe de pacotes para o apoio ao empresariado local, abrangendo a população de baixa renda, micro, pequenas e médias empresas.
Destacou que a instituição tem disponível, os créditos de Campanha Agrícola, o “Amigo do SOL”, destinado aos formandos do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), o acordo firmado com a Organização da Mulher Angola (OMA) para incentivar as mulheres a empreenderem, e o Word Vision.

“Infelizmente muitos dos que já beneficiaram das nossas linhas de crédito não têm reembolsado as prestações devidas, fazendo com que fiquemos sem capacidade de financiarmos para novos projectos””, lamentou a gestora bancária.
Por sua vez, a gestora da agência principal do BAI, no Uíge, Maria Emília Bengui, disse existirem cinco soluções de financiamentos para os projectos dos clientes, nomeadamente o “Aviso 10/20”, PAC, Express, a Conta Corrente Caucionada e o Credit Start Up.

Maria Emília Bengui disse que, além do crédito mal-parado, como condicionante para novos financiamentos e apoio ao empreendedorismo, a falta de obrigações administrativas, como documentação que atesta a legalidade da empresa e estudos de viabilidades mal elaborados, também concorrem para que muitas iniciativas não sejam aprovadas para o financiamento.

“Os 30 projectos que nos foram submetidos, no ano passado, no âmbito do PAC, não foram financiados porque continham muitas insuficiências em termos de informação, documentação e garantias hipotecárias. Neste ano, dos 12 projectos recepcionados, quatro já foram financiados no valor de 650 milhões de kwanzas”, disse.

Para a gestora do BCI no Uíge, Luisa Mateus, a falta de documentação, a pouca or-ganização contabilística e a ausência de garantias hipotecárias por parte das empresas e outros clientes estão na base da não aprovação de financiamentos dos projectos apresentados.
“Se os clientes tiverem toda documentação em dia, planos de negócios bem elaborados e não serem devedores fiscais na AGT e no INSS, podem recorrer ao Fundo de Garantias Públicas para que esta instituição sirva de avalista, e o projecto ser financiado”, informou.

Fonte:JA

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