Os campeonatos de futebol na Europa, época 2020/2021, encerraram com novos vencedores e o fim da aparente hegemonia de um grupo restrito de clubes, com a confirmação de novos vencedores, casos do Inter de Milão (Itália), Lille (França), Atlético de Madrid (Espanha) e Sporting (Portugal), contrariando todas as expectativas e apostas.
A época atípica do futebol mundial, devido às restrições impostas pela Covid-19, trouxe “sorte” a uns e “azar” a outros, o que poderá marcar o fim do domínio até então exercido por equipas como Juventus, PSG, Real Madrid e Barcelona, bem como Benfica e FC Porto, que nos últimos 10 anos quase monopolizaram as conquistas dos respectivos campeonatos.
Estes resultados imprevistos só não vincaram em Inglaterra e Alemanha, onde os tradicionais Manchester City (recuperou o título perdido a época passada, a favor do Liverpool) e Bayern de Munique, que não deram espaço à concorrência.
No meio de tudo isso, há quem os chame campeões da Covid-19 e maiores beneficiários da ausência de público nos estádios.
Itália e França
Os últimos 11 anos em Itália acentuaram um domínio avassalador da Juventus de Cristiano, a “Vecchia Signora”, senhora que fez jus ao “peso da idade”, impondo a sua força aos adversários nas repetidas conquistas alcançadas com maior ou menor dificuldades.
Esta época, tudo foi diferente. O histórico Inter de Milão tirou alguns milhões, para tornar a equipa mais competitiva e capaz de corresponder ao sonho de conquistar o “Scudetto”. Aposta ganha da equipa de Lukaku, o belga oriundo de África, distinguido melhor jogador da prova.
História quase similar tem-na a França, onde o “Le Championatte” teve no Lille o justo vencedor, deixando cair na concorrência o mítico Paris Saint Germain (PSG), das estrelas Neymar e Mbappé, que não foram suficientes para as encomendas.
Depois de terem perdido o passe para a final da “Champions League” para o Chelsea, que acabou por vencer a prova mais mediática de clubes, no último sábado, frente ao Manchester City, os craques da equipa da capital francesa muito prometeram individual e colectivamente.
Espanha e Portugal
Por seu lado, em Espanha, o técnico Diego Simeone tirou a barriga da miséria e, depois de sete anos, tornou a vencer o troféu.
Na La Liga, Benzema, Vinícius e Modric, pelo Real Madrid, não assustaram. Também não vingou a transferência de Antoine Griezmann para o Barcelona, juntando-se a Messi, o vencedor do pichichi (designação do troféu de melhor marcador).
O Atlético de João Félix voltou a investir e a apostar no colectivo, com uma equipa onde o uruguaio Luis Suárez fez toda a diferença, após ter sido preterido pelo colosso da Catalunha.
Na península ibérica, Espanha tem a feliz companhia de Portugal. Em ambos os campeonatos, Atlético e Sporting suplantaram a concorrência e sorriram para o mundo. A La Liga e a I Liga fizeram cair o pano há duas semanas, com Messi, do Barcelona e Pedro Gonçalves “Pote”, do Sporting, consagrados melhores marcadores.
O fim do jejum de 19 anos do Sporting, com uma equipa jovem, desde o treinador Rúben Amorim, 36 anos, às cintilantes promessas Nuno Mendes e Pote, a festa do clube presidido por Varandas, até então muito contestado, vestiu de verde e branco o Marquez de Pombal, ponto emblemático da cidade de Lisboa.
Fonte:JA