O partido político Bloco Democrático-BD está preocupado com a situação sobre a cólera no país, a doença já ceifou muita gente em Luanda, Icolo e Bengo e Bengo a situação essa que os cidadãos sentem a falta da mão do estado nessas ocasiões. lê o comunicado na íntegra.
C𝗜𝗗𝗔𝗗𝗔̃𝗢𝗦 𝗔𝗡𝗚𝗢𝗟𝗔𝗡𝗢𝗦, o Bloco Democrático (BD) tem acompanhado atentamente e com bastante preocupação, a evolução do surto de cólera que surgiu no Paraíso (Cacuaco) e que foi declarado pelo Executivo há 14 dias (7/01/25). Verificamos com grande receio que a situação não está controlada e, infelizmente, tem conhecido evolução rápida e errática não só com o registo de novos casos, mas também, uma progressão para outras províncias. Neste momento, registam-se casos em Luanda, Bengo, Icolo e Bengo e Malanje. O saldo de toda esta desastrosa situação é o aumento de perdas de vidas humanas (29 óbitos em 576 casos registados).
O Bloco Democrático (BD) – responsabiliza o Executivo de João Lourenço por esta lamentável situação que já negligenciou medidas preventivas em relação a outras doenças, provocando este descaso governativo o repetido ressurgimento de surtos de várias doenças no nosso país, algumas já erradicadas no período colonial, com consequentes e desnecessárias perdas de vida de angolanos.
O país tem, infelizmente, conhecido vários surtos de cólera de gravidade diferentes, tendo sido o mais grave em 2011, com 181 mortos. Isto é assim porque temos a insistência de um Partido, um governo e um Presidente que, depois de 50 anos, está ilegitimamente e à custa da força agarrado ao poder. Até os mais sensatos dentro do partido-Estado têm plena consciência que o grupo que capturou o poder no partido-Estado não tem nada a dar aos angolanos, que não seja a desgraça, a doença, a fome, o desemprego.
A cólera é a doença da incapacidade do Estado em fornecer água potável e em manter condições de salubridade para os cidadãos, o que neste século, só acontece em situações de guerras ou catástrofes naturais devastadoras. Um surto de cólera mal controlado, em pleno século XXI, num país como Angola, em paz há mais de 20 anos, potencialmente rico, é uma autêntica vergonha. Mais do que vergonha é um sinal indiscutível de total incapacidade do Executivo de João Lourenço para resolver os problemas básicos dos angolanos e do país.
A cólera é uma doença que infecta o homem pelo consumo de água inquinada e ingestão de alimentos infectados, sendo o maior meio o contacto directo ou indirecto com fezes humanas.
As condições propícias para iniciar um surto, em qualquer altura, é a ausência de saneamento básico, de água potável, de latrinas, de condições de higiene pessoal (água e sabão) e ainda a falta de educação para a saúde das populações.
Em 50 anos este Executivo não conseguiu criar em Angola condições essenciais de saneamento básico, distribuir água potável à população mesmo na rede pública, condições económicas para retirar uma significativa parte dos angolanos da miséria extrema.
O Executivo de João Lourenço investe muito pouco na saúde e na educação. E quando investe troca tudo. Apostam mais nos hospitais e aparelhos caríssimos e pouco ou nada na saúde pública e cuidados primários de saúde, isto é, na prevenção e nos cuidados de proximidade.
O Bloco Democrático exige do Executivo que tome medidas imediatas para conter a doença, redireccionando o OGE para o investimento humano, para medidas preventivas, compra imediata de material, medicamentoso e educativo. Angola precisa de travar a progressão do surto e alcançar rapidamente a sua erradicação, evitando mais perdas de vidas humanas. Para tanto, apela que a Assembleia Nacional assuma as suas responsabilidades promovendo um debate urgente sobre a problemática da doença com vista a aprovar uma Resolução que visivelmente contribua para o fim da crise. Apela às organizações internacionais para o apoio racional, com incidência no cidadão afectado e em medidas estruturantes de impacto, como o saneamento básico. O Bloco é contra apoios e empréstimos sem impactos na vida do povo.
O Bloco Democrático (BD) – clama o povo angolano que exija do Executivo, desde logo, o reajustamento das rubricas para a saúde deslocalizando recursos extravagantes destinados à robótica e outros para o combate à cólera bem como rever, no segundo semestre, o OGE – Orçamento Geral do Estado de 2025 – com vista a não só reforçar o orçamento da saúde mas também investir fortemente nos aspectos preventivos da doença, em que, fundamentalmente, o saneamento básico e água potável mereçam os fundos necessários, pois aí reside a fonte da maioria das doenças prevalecentes no nosso país.
A bem de Angola e dos angolanos, recusemos as mortes a frio e exijamos boa governação!
Reflectindo sobre os 50 anos da nação, tenhamos a coragem de mudar definitivamente o curso do país, pois uma Angola melhor é possível, com liberdade, modernidade e cidadania.
“𝗣𝗼𝗿 𝘂𝗺 𝗕𝗗🖐🏽 𝗳𝗼𝗿𝘁𝗲✊🏻, 𝗷𝘂𝗻𝘁𝗼🫂 𝗱𝗮𝘀 𝗖𝗼𝗺𝘂𝗻𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀, 𝗿𝘂𝗺𝗼 𝗮̀𝘀 𝗮𝘂𝘁𝗮𝗿𝗾𝘂𝗶𝗮𝘀 𝗹𝗼𝗰𝗮𝗶𝘀” 🇦🇴
“𝑳𝑰𝑩𝑬𝑹𝑫𝑨𝑫𝑬, 𝑴𝑶𝑫𝑬𝑹𝑵𝑰𝑫𝑨𝑫𝑬 𝑬 𝑪𝑰𝑫𝑨𝑫𝑨𝑵𝑰𝑨”
𝗔 𝗖𝗢𝗠𝗜𝗦𝗦𝗔̃𝗢 𝗣𝗢𝗟𝗜𝗧𝗜𝗖𝗔 𝗣𝗘𝗥𝗠𝗔𝗡𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗗𝗢 𝗕𝗗, 𝗘𝗠 𝗟𝗨𝗔𝗡𝗗𝗔 𝗔𝗢𝗦 𝟮𝟭 𝗗𝗘 𝗝𝗔𝗡𝗘𝗜𝗥𝗢 𝗗𝗘 𝟮𝟬𝟮𝟱.